os humanos vão e vêm
sem ócio ou lazer
trabalhar virou viver
jogam fora a vida
e não percebem que o universo
é tão grande quanto ela
vejo tanta gente falando de destino e acaso
não me desatino perante
frustam-se com o falhado
mas determinaram suas vidas com o errado
se odeiam
respeitam a cor da pele
não vêem a alma que rejeitam
mas na luta seguem
as pessoas cassaram suas próprias qualidades
são como pássaros sem asas
quinta-feira, 12 de abril de 2012
sexta-feira, 6 de abril de 2012
humano, demasiado humano
quando deixo de lado algumas reflexões sobre a vida, o universo e tudo mais, surgem outras reflexões sobre coisas menos relevantes mas que, se alteradas, tornariam o mundo um pouquinho melhor.
nos últimos tempos tem me irritado o número crescente de smartphones. os usuários, abobalhados, sempre a jogar, sempre a baixar um novo aplicativo... por quê?
algumas vezes torno-me alvo desses gadgets aprisionadores de mente. não posso mais manter uma conversa com os usuários, pois não me contento com 'aham' 'hmm' 'olha esse novo aplicativo que baixei' e respostas que não convém ao assunto abordado. pr'onde foi a humanidade?
outro extremo da falta de respeito, ainda no campo da telefonia móvel, é o volume inconveniente adotado pelas pessoas durante as ligações. por vezes sou obrigado a ouvir o destinatário ao viva-voz, por vezes sou obrigado a ouvir o próprio remetente aos berros, em frenesi. e pra piorar: conversas tão pessoais que eu passo a achar que o abastecimento de água da cidade está com problema, misturando à formula um destruidor de neurônios. onde está a neurotransmissão que inibe esse tipo de comportamento?
cada vez se torna mais normal o isolamento social, o compartilhamento de status, a encheção de saco, o 'vou lá tirar satisfação', o resultado do futebol, a falta de 'bom dia', 'obrigado', 'por favor'. cada dia se torna mais comum o desumano. ou sou eu demasiado humano?
nos últimos tempos tem me irritado o número crescente de smartphones. os usuários, abobalhados, sempre a jogar, sempre a baixar um novo aplicativo... por quê?
algumas vezes torno-me alvo desses gadgets aprisionadores de mente. não posso mais manter uma conversa com os usuários, pois não me contento com 'aham' 'hmm' 'olha esse novo aplicativo que baixei' e respostas que não convém ao assunto abordado. pr'onde foi a humanidade?
outro extremo da falta de respeito, ainda no campo da telefonia móvel, é o volume inconveniente adotado pelas pessoas durante as ligações. por vezes sou obrigado a ouvir o destinatário ao viva-voz, por vezes sou obrigado a ouvir o próprio remetente aos berros, em frenesi. e pra piorar: conversas tão pessoais que eu passo a achar que o abastecimento de água da cidade está com problema, misturando à formula um destruidor de neurônios. onde está a neurotransmissão que inibe esse tipo de comportamento?
cada vez se torna mais normal o isolamento social, o compartilhamento de status, a encheção de saco, o 'vou lá tirar satisfação', o resultado do futebol, a falta de 'bom dia', 'obrigado', 'por favor'. cada dia se torna mais comum o desumano. ou sou eu demasiado humano?
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