segunda-feira, 31 de maio de 2010

i was dead before the breakdown.

Já me destruí por limitar a minha alma a uma coisa só. Após um tempo, passei a falar um novo idioma de idiotas, onde achava que era dividido em dois, como Harry Haller, um legítimo Lobo da Estepe. Porém, hoje, com a alma fragmentada em pequenos pedacinhos, descobri que não sou dois, ou cinco, ou dez; Eu sou uma variedade de pessoas em um único corpo. Minha alma, embora estraçalhada, é uma infinitude de personagens. Sou um bulbo formado por cem folhas, um tecido urdido com mil fios. Mas, ainda encontro-me acabado e no fundo d'um poço.

Encontro-me completamente ausente do mundo, me perdendo nas minhas próprias histórias reconfortantes que um dia ousei contar para fazer alguém ficar melhor. Hoje, preciso que alguém me conte essas histórias, pois estou cansado da rotina estafante de dormir para entrar em sonhos inexistentes só por medo de acordar e enxergar a vida.

Todos os dias, minha ansiedade transborda pelo meus olhos, diluindo os sentimentos borbulhantes do caldeirão que se prosta em minha frente. A quentura desses sentimentos rebatem em mim e me queimam do rosto aos pés. Por conta disso, tento controlar tudo aos berros. Tento, inutilmente, controlar esse caldeirão chamado coração.

Tenho certeza que não sei absolutamente nada, embora às vezes, em sonhos, eu veja que em meio a isso tudo sempre terei a velha imagem do meu celular piscando, trazendo-me motivos pra sorrir; embora às vezes, perdido na minha mente, eu possa ver como são belos e horríveis os dias que ainda não vivi.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

What ever happens.

A gente ama e inventa
Representa em papel
palavras pra tocar o céu
pra encontrar pureza n'um bordel
pra fingir que a vida não é digna de véu.

Viajamos e nos perdemos em abraços
Imploramos pra alguém sentir o mesmo laço
Morremos e recriamos o mundo
Choramos ao lembrar de tudo

Pedimos vida de cinema
Nunca ganhamos
Sofremos e escrevemos poemas

É preciso coragem ou estupidez demais para amar?
Sejamos corajosos e estúpidos então.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O quarto branco de minha mente.

É estranho acordar em seu próprio sonho.
Talvez seja o mesmo que acordar sem ter dormido.
Me senti com frio, isolado, distante do meu corpo da minha alma.
Ao lado toda a escuridão e o silêncio de um grande vazio. Pensei em andar, já que me senti tão breve poderia tentar aproveitar o máximo.
Meus pés simplesmente sentiam que algo estava errado.
Fora todo esse mal que eu sentia ao meu redor.
Na frente uma porta, pensei comigo se deveria entrar ou não, já que poderia ser o medo de tocar no que eu quis um dia esquecer. Uma porta simples, apenas de madeira sem muitos detalhes. Mesmo com um pouco de receio tomei a entrar!

- Um quarto! Logo pensei. Tão óbvio quanto a resposta era o quarto em si!

Não tinha nada, além de uma grande força maligna que insistia de me fazer ficar.
Era branco, apenas branco! Tetos e paredes, pareciam tão simples que se tornavam incríveis!
Passei alguns minutos dentro dele, por mais que eu sentisse uma estranha forma de maldade sentia também uma forma de respostas. Era como eu imagina, mesmo não estando ali tinha alguém no quarto.

-Não temas! Ele falou! -Se fosse minha intenção lhe machucar já teria feito! Logo concluiu...

Não era fácil dialogar com seus próprios medos, as respostas se tornavam óbvias...

- Quem és tu!? Gritei! Mesmo com o medo e todo aquela sensação horrível ao meu redor.
- Sou você! Ele respondeu.
- Como pode-ser eu? Respondi confuso ao perguntar...
- Você não saberia dizer a si mesmo essa resposta? Me questiono com um tom de ironia.
- Sabe quem eu sou, como sabe também o motivo deu existir! Concluiu ele!

Tomando em forma, era a minha carne e o meu viver em si, só que com um tom maléfico.
Sentia sua maldade em meu ossos, queria fugir e ao mesmo tempo ficar, toda minha ironia e sarcasmo estava ali, toda minha maldade contra em um segundo de descuido...
Ele sorriu e logo falou :

- Sabe o que temes, e sabe o que sentes, o medo ainda toma conta de você... Não é fácil saber que por mais bela que for a sua forma de acreditar na vida ainda estará preso a mim...

Não sabia o que fazer, não sabia o que responder. Será que era apenas um sonho? Ou estava realmente enfrentando a mim mesmo?
Ainda com um sorriso ele concluiu :

- Ria, mesmo que tiver que chorar, ria! Você não é forte, apenas teme o que é fraco. Não procure a vida, pois já está morto, e o que aparecer nela será apenas capricho! Responda-me, ainda tem coragem para seguir?

Por um momento me senti morto...
Quando meu celular tocou não sei se foi um grande alivio ou uma grande perda, mais sei que escutei uma bela voz antes de despertar...
O celular tocava BlessTheFall - To Hell E Back, ironico não ?
Olhei a mensagem que tinha recebido, era de minha namorada, por sorte ainda pude acordar mais uma vez para responder... E se foi a voz dela que me chamou naquele breve fim? Isso só meu coração poderá um dia responder...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Somewhere.

A vida é o meu teatro. Às vezes, gosto de pensar que um dia terei presença de palco; mas, por ora, minha presença é tão apagada e despercebida quanto o descompasso do aro d'uma bicicleta.

Já pensei em tudo pra ficar feliz, mas acho que não há muito a se fazer quando nem mesmo as melhores coisas deixam alguém feliz. Já pensei até em suicídio, mas fui criado para ser incapaz de encarar a morte; Sempre me disseram que é mais nobre ser abatido pela vida do que pelas próprias mãos. Por isso toda essa falta de sentido.

O problema não é a solidão ou a falta de ânimo. O problema é que o meu coração adolescente doi tanto quanto meus joelhos ralados de criança. Talvez eu esteja delirando, talvez eu tenha apenas esperança.

domingo, 23 de maio de 2010

Soneto para abelhas.

Acordei e lembrei daquilo tudo;
as risadas, as promessas que fizemos ao mundo;
suas besteiras que tanto me deixaram mudo.

Prometi que não choraria pelo que passou
Funcionou
Você perdeu seus tesouros,
Os dias agora são outros

E o que me importa
são os novos olhos verdes
olhando-me; atravessando paredes

365 dias se passaram
e hoje escrevo sem coesão ou crase; Sem base
Passando por fases e redescubrindo a verdade
Prefirindo viver sem saudade.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Stay true to your ♥

Cada pessoa encara o coração do seu jeito. Isso deixa-me incrédulo. Assustado também. Algumas precisam sustentar mentiras para mantê-los em constante alívio.

Perco-me na minha própria mente, enquanto s papeis que ontem não estavam sobre a mesa, se acumulam, formando pilhas tão grandes que meus olhos são incapazes de enxergá-las com clareza; o meu café esfria e a conclusão que tomo é nula.

Proferir palavras, machucar-se no espinho de rosas tão lindas, tentar para um trem com flores, tocar facas, esperar pelo paraíso, revirar o lixo, manchar papeis, chorar ao ver as fotos antigas. Tudo isso é necessário. Sem isso, o amor deixa de ser amor.

Encomendei, anonimamente, ao destino um amor maior, porém nunca pensei em impossibilidades de tamanhas proporções. Acabei por descobrir que o amor nunca será maior, igual ou verdadeiro. Ele será apenas diferente, um amor construído por um outro alguém.

Não ame por encomenda, ame sob vontade.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Falso Retrato.

Acordar, atrasar, correr, desanimar, correr mais um pouco, atrasar mais ainda, sentir, voltar, beber, desejar, gritar, chorar, apagar.

Incrível ou irônico? Não sei qual adjetivo usar para expressar como me sinto ao saber que consigo resumir minha rotina em 11 (?) verbos. Mas é engraçado pensar em como eu sou tudo aquilo que eu mais odeio. Em meio a lições, desejos alheios, pessoas, fui criado para não ter personalidade, mas o que acontece quando tudo isso dá errado? Você toma ódio de si mesmo.

Aliás, não sei do que estou reclamando, meus dias não são tão ruins assim, afinal. O que me enche de raiva são esses dias aonde o saldo é zero; esses dias onde os prós e contras se anulam e tornam os dias submissos e suportáveis. O que eu não suporto é esse contentamento causando ausência de prazer ou dor; toda essa falta de barulho que faz parecer que o mundo é um murmúrio que anda nas pontas dos pés.

O caminho é sinuoso, isso já está manjado, mas o que eu devo fazer?
Eu continuo a andar, mesmo sabendo que não há ninguém para me salvar. E agora, guria, como proceder?

domingo, 16 de maio de 2010

Auto análise. Pt.2

Enfim!
Se não estivesse tão confuso falaria abertamente comigo mesmo.
Então direi que estou mentindo, você não faz questão de saber...
Os fatos são irrelevantes já que nem eu mesmo sei falar sobre eles, quando que eu fiquei tão frio?
As respostas rápidas, elas sim me machucam. Como meu coração está doendo esses dias...
É engraçado quando ignorar as pessoas se torna uma verdade da sua vida, isso é uma afirmação?
E se eu for sincero você me diria também a verdade?
Sempre me perco no fim, a conclusão se torna tão óbvia que eu não consigo concluir...
Eu queria poder dizer que estou bem, eu queria até poder dizer que não me sinto distante. Não vejo motivos para acreditar nisso, eu estou assim, apenas assim.
Nunca pergunte sobre uma pessoa que não lhe interessa, nunca diga que sente saudade sem sentir, sentimentos e preocupações são maiores que ignorâncias e ego.
Quando falar que ama, diga de coração não minta sobre isso, pior que a mentira é o mentor dela.
Estou tão intocável, tão distante do meu corpo e da minha mente, poderia dizer que estou vagando por um lago sublime, calmo, mais com reflexos de puras verdades. Na névoa eu sinto o mal que não quero tocar, o mal que eu não quero ver, ou até mesmo fingir que não está lá.
As canções que eu ouço, você na verdade nunca soube os motivos dos gritos, você sempre me pergunta o motivo, talvez seja o meu modo de te falar que não estou bem, que sinto falta do seu toque ou até mesmo do seu beijo. Não acredito que estejamos tão cegos, tão fartos que nem conseguimos dizer o que está por traz dos nossos olhos, será que você esqueceu que tem o meu coração?
Digo que estou em uma "auto análise" constante, mais na verdade é você o meu grande medo, talvez isso não seja importante... Mas eu te amo.

Milonga.

A felicidade nos afeta tanto que começamos a viver sem notar o tempo passar, as folhas secando, o céu escurecendo, a mente se perdendo, os corpos sangrando, o coração apodrecendo.
Perdi-me e acorrentei-me a uma maré de felicidade, quando tudo o que queria era, por 24 horas que fosse, sentir você aqui.

As lembranças permanecem na minha mente, tristes e inertes. A dor é bem menor do que parece, mas eu ainda posso sentir os tornozelos sangrando. Ainda posso sentir a nossa morte.

Sou uma ampulheta, conto meus dias de maneira uniforme, mas basta um toque para que o caminho dificulte-me e me faça virar e rasgar páginas da minha vida, por raiva, por indisposição.

Às vezes (quase sempre) idiossincrasia me impede de compreender os valores da sociedade. Isso causa uma grande depressão em meu interiror. Não digo depressão, digo aquela eterna angústia por não estar sentindo nada, por nunca me encaixar em nenhum grupo, lugar, ou indivíduo convivente.

Quero me desligar do mundo, quero ser sedado. E você sabe do que eu mais preciso. Eu não preciso de ninguém, eu preciso de Algafan.

J.

Acordei em um súbito pulo, a aurora ja estava no céu, cegando-me.
Olhei ao redor, um vasto campo de centeio, onde o orvalho ainda beijava o chão. O vento era calmo, mas bagunçava todo o meu cabelo, fazendo jus ao meu apelido de leão, mas aquilo não me preocupava, pois depois de meses, estava finalmente me sentindo em paz novamente. Ao meu lado, repousava meu violão e uma xícara de chá. Achei estranho. O que uma xícara de chá estaria fazendo em um campo de centeio? Bebi-a, peguei o violão. Comecei a tocar.
Eu não me importava em estar ali sozinho. Aliás, depois de trinta segundos, percebi que não estava sozinho. Uma silhueta, praticamente pairava, distante, perto de um rio. Era uma garota, eu tinha certeza. Eu continuei a tocar e parecia que quanto mais eu tocava, mais a sombra aproximava-se de mim. Ela vinha, de forma sutil. Eu nunca vira alguém andar de forma tão sutil em toda minha vida.
Ela parecia gigante perto de mim. Eu enxergava tudo, cada mínimo detalhe. Por um momento, achei que eu não poderia estar lá, mas eu estava, eu podia sentir seu cheiro, seu perfume, sua doce voz pedindo-me para tocar suas músicas favoritas. Eu conhecia aquela voz, sabia que conhecia. Por um momento, senti saudade de uma coisa que jamais tive. Eu não conseguia ver seu rosto, mas sabia que era um rosto familiar.
Parei de tocar por um segundo, e ela foi para longe.
- ESPERA! - Eu gritei.
Ela continuou a andar. Só estava ali para ouvir minha melodia.
- Por favor. - Implorei, de forma patética.
Ela se virou, e aconteceu. Quase uma epifania. Eu poderia esperar ser qualquer pessoa, menos você. Um sorriso enorme tomou conta do meu rosto, e eu finalmente te alcancei.
- Hey, o que você faz aqui?
- Por que você parou de tocar?
- O que mais eu quero é tocar para ti, mas eu não consegui te decorar, não sei te tocar, e me pergunto algumas vezes por dia quando é que vou ouvir novamente, essa canção, mesmo sem jamais tê-la aprendido.
Você olhou para mim e tudo rodou. Tudo escureceu, e comecei a ouvir ao longe uma música. Para ser específico, All I need, do Beeshop. Era meu despertador. Calma aí, o que meu despertador tinha a ver com isso tudo?

Eu acordei triste, mas sorri. Eu sabia quem era a menina no meu sonho, eu sabia quem eu amava. Eu sabia que era você, e sabia que depois desse tempo todo, eu deixaria de me sentir vazio. Naquele momento, eu tive certeza de quem eu queria ter ao meu lado.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Muda.

O que seria de mim sem o meu egocentrismo?
Sempre me achei mais inteligente do que sou, sempre me achei com mais experiência de vida que uma pessoa de 50 anos, sempre achei que a dor no meu coração era maior do que a dos outros. Sempre achei que as pessoas estavam erradas por terem medo, mas por trás de tudo isso, quem tinha medo era eu. Sempre fui inseguro demais para ser feliz. Sempre fui deveras piegas para um ser humano.

A única coisa de que estou seguro é: eu sinto mais do que devia sentir. E por conta disso, crio mentiras nas quais acabo acreditando, por não aceitar que a minha verdade doi terrivelmente no meu coração. Tornou-se imensuravelmente difícil não esbarrar em memórias a cada 5 minutos, e não tropeçar nas fotos e palavras toscas de pessoas em quem um dia julguei acreditar nos laços falsos de amizade. Por livre e espontânea vontade, acorrentei-me em histórias do passado. Histórias que não existem.

Quem sou eu?
Eu sou um garoto de 15 anos que não tem nada além de um quarto, o dinheiro dos pais e meia dúzia de amigos que mal cabem no próprio coração. Sou só um pirralho que chora todas as noites antes de dormir, por medo de se perder no caminho.
Vou deixar o Sol limpar minha alma, secar minhas lágrimas e vou andar por aí, pelo mesmo caminho sinuoso de sempre, mas agora, com os olhos fechados. Vou procurar a linha reta do meu caminho, pois por ora, eu só quero viver em paz.
Me abraça?

terça-feira, 11 de maio de 2010

not half the man i used to be.

Naqueles minutos em que estou sozinho, apenas eu e meu travesseiro, eu penso. Penso sobre tudo, sobre qualquer coisa. Varia, desde "O que estou fazendo com a minha vida?" a "Eu tenho prova amanhã?".
O quarto está muito silencioso. Na verdade, não está. Ele está apenas sem ruídos, se comparado a minha mente plangente que, estrondosamente, se desfaz em pedaços.
Enlouqueço, pois as coisa em que eu jamais pensaria, são as que eu mais insisto em, inconscientemente, pensar.
Eu odeio isso tudo, eu odeio todas aquelas pessoas. Eu odeio a ideia de cuspir a minha raiva. Eu desisti, toda vez que cuspo-a, ela torna a voltar pra mim. Estou sempre correndo contra o vento; contra o tempo.
Eu não aguento mais ter de chorar todas as noites por problemas que não são meus.
O momento em que minha mente se divide do meu corpo, antes de adormecer, são os melhores segundos do meu dia, e os mais agitados da minha vida. Eu daria tudo pra permanecer ali, intacto. Apenas eu e ele. Eu e meu travesseiro.

domingo, 9 de maio de 2010

Estepe.

Deitado, vejo o Sol transpassar a pequena janela de um minúsculo sótão, descomunalmente conhecido por lembranças nunca vividas.
De verso em verso, tento encontrar, agora, o caminho inverso para chegar em um lugar que nunca conheci, para que assim possa ouvir palavras tranquilizantes. Porém, tudo o que vejo é uma parede manchada com a silhueta que só diz palavras inóspitas ao meu coração.
Naquela pequena caixa, tranquei as minhas lembranças mais felizes, para nunca lembrá-las, já que elas só existem por conta de eu ter tantas lembranças ruins para enaltecê-las. Gosto de viver assim, triste. Na verdade, não gosto, mas me acostumei. Por um lado, é bom, já que só tenho em mim, a raiva que sinto por você.
Eu sempre senti demais, e gosto de pensar que as coisas que odeio são as que mais me motivam.
Sim, eu tenho mil motivos.
E eu tenho força de vontade.
Então, da próxima vez, toque coisas mais afiadas que as navalhas que foram atiradas de primeira, pois você precisará mais do que aquela insignificância para me ferir.
Com um lápis na mão, escrevo, no papel amassado, todas as pessoas que já perdi no flash do piscar dos meus olhos. Duas, três, cinco, sete, oito, nove. Nove. Nove pessoas.
O meu problema não é sofrer por amor, o meu problema é morrer de saudade.

sábado, 8 de maio de 2010

Auto análise.

Nem sei os motivos para essa tristeza tão grande...
Esses dias eu percebi que choveu pouco, mesmo assim sinto essa melancolia que a chuva traz.
Parei também para perceber, eu estou meio distante, é verdade que sempre fui meio disperso, mas nunca tão frio, devo está apenas seguindo.
Vi que não gosto de todas as coisas que fazem pessoas felizes.
Também vi que não consigo parar de escutar "Remembering Sunday", talvez seja por me lembrar de grandes dias.
Verdade ou não eu gostava de brincar na rua, era bem mais agradável que hoje em dia, apenas brincar, as maldades sempre vão existir basta você ver se acredita nelas ou não.
Cresci, como cresci, mudei meu modo de ver as coisas, mudei meu modo de falar, até de pensar, estou vendo as coisas de outra forma, hoje falar sozinho já virou um modo de acalmar minha alma.
Vejo também pessoas que um dia foram grandes para mim se tornarem pequenas.
Eu costumava falar que um dia eu seria grande como todos os que um dia pensaram assim, ainda penso assim, mais quero acreditar que já sou grande, que já posso ser feliz desse modo...
Acho que não mudei, ainda gosto de assistir MTV, ainda sou apaixonado por músicas, ainda sou romântico, ainda acredito no amor.
Meninos como eu não são indiferentes, somos bonitos acredito que sim, apenas não somos do modo padrão de ser, acreditar no amor se tornou diferente ? Tantas dúvidas, tantas perguntas.
Já pensei em escrever um livro, já até pensei em morre, é verdade.
Apesar de tudo, eu tenho fé vamos mudar o que falta, vamos salvar o que foi deixado de lado, eu quero acreditar, eu quero acreditar...
As vezes digo que não acredito em sonhos, apesar de ter pessoas que me fazem mudar essa formar de pensar.
Ainda acho a vida linda, simplesmente acho, não importa o que vem para o futuro, eu vou seguir, eu vou seguir!
Amanhã será um novo dia, eu sei que será um novo dia, uma vez eu prometi pra mim mesmo que iria olhar todos sem chorar por dentro, e sem estar triste com tantos absurdos, eu vou cumprir, eu vou cumprir!
Não sinto ódio, não sinto pena, apenas sinto, apenas sinto...
Eu amo todos vocês...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Thelema.

O Universo, em toda sua infinitude, nos oferece incontáveis possibilidades de escolha em nosso cotidiano. Mas, mesmo assim, temos o mesmo padrão repetitivo nas escolhas que fazemos, os mesmos comportamentos, escolhemos os mesmos tipos de relacionamentos, mesmos tipos de pensamentos, respondemos emocionalmente da mesma forma, uma variedade situações que nos são apresentadas durante a vida. Isto se dá pelo fato de sermos viciados em nossos conceitos mentais, da mesma forma que em nossas emoções ou pela preguiça de mudar?

Proferir palavras ao vento é tão fácil quanto correr, sem direção, em meio aos carros, que por sua vez, não é muito diferente de sentar-se n'uma poltrona e esperar a morte chegar.
O som do piano é melancólico para muitos, porém, melancólico sou. Conforme o tempo passa, observo as respectivas modas, uma sucedendo outra pior ainda, das piores formas possíveis.
Hoje, a mídia tem total controle da cabeça da maioria dos jovens.

O que nos resta?
Esperar o encontro dessas pessoas com uma coisa chamada personalidade.
Um dia, se encontrarão, assim como o passado encontra o futuro no presente, com um beijo sutil, de arrepiar a alma.
Para mudar não custa muito, basta deixarmos de ser tão obcecados por nós mesmos.
No fim, acho que é apenas preguiça mesmo.
Vamos Thelema, faze o que tu queres, pois há de ser tudo da lei.
Amor é a lei, ame sob vontade.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

What happens downstairs.

É muito fácil ficar sentado, reclamando dos problemas, e não fazer nada. Mas, pra ser sincero, isso é a única coisa que tenho feito ultimamente.
Ofegante, lutando para respirar, vejo minha vida passar diante dos meus olhos em uma série de vinhetas melancólicas, e parece, apenas parece, que não posso fazer nada quanto a isso.
Acho que desisti da felicidade plena. Talvez não exista algo assim. Digo isso, pois os bons momentos, que posso associar a algum tipo de felicidade, só existem devido a maus momentos que passaram, passam e passarão.
Afinal, o que é felicidade, se não um antidepressivo?
Aliás, o que é depressão, se não uma forma do nosso organismo dizer que há algo de errado conosco?
Não ligo de viver essa mesma depressão todos os dias, não ligo, se assim, estou ajudando, efetivamente, para que essa depressão seja longa ou eterna.
O que quero dizer é: Nenhuma forma de depressão poderá abalar-me enquanto eu tiver algumas pessoas ao meu lado. Porque são essas pessoas que tornam tudo especial, são essas pessoas que dão algum sentido, direção, ou seja lá o que mais for possível, a minha vida.

O que escrevi acima, foi apenas uma espécie de desabafo, como sempre.
Ao menos, depois disso tudo, aprendi uma coisa:
Sempre que caio, aprendo a ver além, a olhar mais alto, a transparecer todos erros e fazer algo sensato para transformá-los em verdades puras e corretas. O problema é que eu nunca esperei a queda de um piano.

domingo, 2 de maio de 2010

O rei, o Cão, o Verbo e a Árvore.

Os meus problemas são arquinimigos da minha fisiologia, eles vêm, - invisíveis, sem sombra alguma -, e de forma sutil, porém de maneira subitamente abrupta, ditam o fim de minhas sinapses.
Os problemas agravam-se. De certa forma, me enloquecem. Porém, acho interessante o contraste entre o meu Eu-passado, meu Eu-presente e o que pode vir a ser o meu Eu-futuro.
Perdido por saraus, me encontrei. Neles, desenvolvi capacidade suficiente para descobrir a pluralidade do ser. Devido a essa pluralidade, já me 'encontrei' em diversas personagens, embora a criatividade sempre tenha sido baixa. Na verdade, quatro. Quatro simples personagens que têm extremo valor sentimental para mim.
Um rei, um cão, um verbo e uma árvore.

Rei, extremamente dependente, extremamente parasita. Porém, extremamente nobre e adulado. Perfeito para expressar meu lado fútil do passado, mas não sou assim. Não mais.

Cão, igualmente dependente, diferentemente parasita. Talvez, igualmente adulado. Perfeito para expressar o que eu sou agora. Um cão que depende de terceiros para viver, mas mesmo assim importante para os íntimos. Da mesma forma, continuo deveras piegas.

Verbo, como terminarei se assim continuar vivendo. Creio que seja um raciocínio sem sentido e talvez apenas eu entenda. Um verbo, conhecido e necessário. Mas, praticamente sempre, flexionado, conjuado, interpretado de forma incoerente, errônea e indevida.

Árvore, minha personagem predileta. A minha forma perfeita de viver e morrer. Independente, belo e forte.

Pego-me pensando nessas hipóteses. Algumas, denotativamente impossíveis; outras, conotativamente possíveis.
Isso tudo é difícil. Entre linhas, procuro palavras tão sensíveis que não expressem tanta dor, mas acho impossível. Quero apenas ser sensato, ser direto, sem medo de ser o que sou.
Eu vivo, por falta de opção. Continuo procurando soluções para meus problemas. Todos os conselhos, guardo no coração (ou quem sabe no bolso).

Tudo isso: filosofia de sarau.
Eu sou apenas Arthur, apenas Bernardo, apenas Farias, apenas Carvalho.
Eu sou apenas um rei, um cão, um verbo, uma árvore.
Junto tudo numa coisa só e é isso que sou.

Quem dera eu, pobre leão, fazer parte da nação.