quarta-feira, 27 de julho de 2011
A Caverna - A libertação e as Sombras, pra quê?
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Medo.
domingo, 24 de julho de 2011
controle
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Super
Dia desses percebi que passo muito mais tempo prestando atenção ao processo de escrita de uma obra a prestá-la à obra em si.
Analisando as personagens criadas pondero se o autor estava pondo ali seus sentimentos momentâneos ou se simplesmente jogava ideias aleatórias num papel com intuito de criar algo novo. Na minha exigente mente existem apenas duas definições para as personagens: alteregos ou a personalidade do próprio autor.
Tudo que escrevo surge como o que eu gostaria de ser quando se trata de uma história. Minhas personagens são o meu eu melhorado. Um eu que não tem medo de arriscar, não sente ciúmes, não sofre pelos outros. Em suma, um eu que só tem o melhor da vida.
Minha infância recheada com a leitura de história em quadrinhos de super heróis me aparece até hoje em dia quando, na escrita, tento representar-me tão cheio de qualidades. Porém, diferente dos super poderosos, não tenho um ponto fraco, nada, nenhum calcanhar pra ser flechado, não há pedras que me deixem fracos, não há a sede de vingança capaz de me transformar numa pessoa má.
Vai ver é esse motivo para tantas falhas no que eu faço: nunca consegue compreender que o “super” não existe, pois até mesmo os mais poderosos possuem seus pontos fracos. De repente, Anakin Skywalker, Super Homem, Aquiles, Homem Aranha e qualquer outro me parecem tão normais, assim como eu.
Meu alterego, esse cheio de qualidades, sempre me dá nos nervos, não sei por quê. Eu o crio na intenção de ser tudo aquilo que não sou e, no ápice de perfeição, fico de saco cheio. Percebi que, não fosse meus defeitos, possivelmente eu nem seria quem sou. Aliás, quem é que não está ao fadado ao cliché de aprender com os próprios erros?
Quero minhas falhas, meus defeitos, quero ser errado. De que adianta ser perfeito pra mim se não consigo nem ao menos tirar um sorriso de quem eu amo dessa maneira? Algumas pessoas admiram nossos defeitos e a gente nem percebe.
Enfim, superei o supereu.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Goma de Mascar
Ando sentindo uma inquietude inerte, um tanto imperceptível àqueles que sentam comigo à mesa ou que me vêm sentado lendo um livro, calado, distante. Ultimamente só sinto a paz que há tempos foi-me arrancada quando faço algo além da minha capacidade. Agrada-me poder enxergar essa outra pessoa, essencialmente melhor, dentro de mim. Ela, que tão pouco se manifesta, não me deixa assim, perdido, com tantos pensamentos banhados em pessimismo.
Por ser tão ausente essa outra identidade, penso em estar só, nos mares por onde andei e de repente me apercebo cheio de enfermidades, dignas de manicômio.
Eu to com a cabeça meio fora do lugar desde que aprendi a mentir que estou me sentindo bem. Desde então procuro por alguém que me dê uma luz, bandeira, um sinal qualquer de que estou tomando como certo os melhores caminhos.
Numa das constantes bifurcações que me surgem:
- Por onde devo ir?
- Isso depende de onde você quer chegar.
- Não tenho um objetivo em mente.
- Nesse caso, qualquer lugar é válido.
E assim eu continuando andando, meio sem rumo, como o chiclete amarelo do pacote, sendo a última escolha de todos. Aliás, devo dizer que só sou notado quando, após revirar a embalagem, só resta o amargo: eu.
Saudades de quando eu tinha alguém que ignorava meus soluços porque sabia que tudo ia ficar bem.
domingo, 17 de julho de 2011
stop wars
domingo, 10 de julho de 2011
Pra ver se des-surto
A cada 5 minutos eu percebo que gradativamente o meu ar vai embora. Falta oxigênio a ponto d'eu mal ver o que acontece ao meu redor devido a tanta atenção prestada ao processo de respiração. Se eu pudesse reescrever essa frase sem metáforas, eu utilizaria outra: Meus deveres me sufocam. Mas aí não seria uma prosopopeia? Foda-se.
A cada 5 minutos eu penso nos momentos que acabaram com o restante da minha esperança na vida e, aqui sentado, ao ouvir o telefone tocar, choro e pergunte o que é que eu to fazendo com a minha vida. Por que os meus sentimentos bons cismam em fugir de mim? Cadê a tua voz dizendo que me ama mais uma vez?
A cada 5 minutos perco o equilíbrio e dou de cara na parede, bebo saudade, bato com o dedinho no pé da mesa, tenho acesso de tosse, perco o fôlego, insisto em pensar na vida pra levar, percebo que da vida nada se leva, tenho uma crise, perco as saídas, reencontro o fim do túnel, tenho uma vertigem, me arrepio. E então, a cabeça dói.
-
A voz que me chama sou eu mesmo. Alguém me tira do perigo.
-
Quem dera eu pudesse transformar minha mente em um fichário para então dividi-la em várias divisórias diferentes. Tudo seria mais organizado, eu poderia viver uma coisa de cada vez. O sistema se acha no direito de nos fazer viver em correria, atropelo atrás de atropelo. Nós, bobos, aceitamos isso como o normal, afinal... é assim que a vida é.
Resolvi desistir de vez.
Não sei cuidar de mim.
Vou cuidar de quem eu amo.
Moça, por favor, cuida de mim também.