quarta-feira, 30 de junho de 2010

La Noye.

O bom de isolar-me do mundo é não perceber o tempo passa. Dias, semanas e meses passam e não percebo, embora quando me prosto na frente do espelho e vejo a barba e o cabelo excepcionalmente além da normalidade, me assusto.
O que me entrega, na verdade, são as olheiras que refletem noites perdidas em pesamentos inválidos. Talvez o pior de tudo seja continuar pensando.

Perco-me entre o certo e o surreal. As canções que você canta pra mim já não me dizem mais nada, e as madrugadas já deixaram de fazer sentido há muito tempo. Ontem, procurando me entender, tive ideias ruins demais para por em prática. Resolvi ficar longe da janela, só por precaução.

Estou farto de vocês e seus jogos. Suas palavras já deixaram de habitar a minha mente há tempos e meu coração já não bate por você (talvez nunca tenha batido). Odiei tudo o que passamos. Odiei toda aquela falsa ideia de paraíso que você me proporcionou.

Pela Janela, vejo um mundo desconhecido. Outras pessoas, outros sons, outras vidas, outras perturbações, outro caos. O que é melhor, viver acorrentado a um passado ou viver sob efeito de uma falsa ideia de liberdade? Passo a maior parte do tempo longe dela, mas às vezes chego perto só pra imaginar como seria o meu voo até o chão. Tudo que quero é beijar o chão lá embaixo, para que assim, possa partir em paz rumo a eternidade.

Hoje, já não tenho medo da morte.
A morte é apenas mais um capítulo a se escrever.

domingo, 27 de junho de 2010

Xanéu nº5.

Andei comparando a minha vida com uma televisão. Viro noites passando os canais, procurando alguma programação que contenha você, mas não encontro nada além das mesmas besteiras de sempre; milagres de pastores, game shows e atores globais falando de suas comédias românticas em cartaz.

Acorrento meus pés em um conhecido e nostalgico canal de música. Nele, procuro alguma música que me lembre você. Não funciona. Em meio a tantas melodias, escuto um piano mal tocado que há muito já desafinou. O som, desajeitado, alimenta-se do meu coração partido.

Em meio a tantas vozes, tento encontrar a sua. Não funciona. Encontra apenas uma voz antiga (nem um pouco nostálgica) que já perdeu o tom. Só encontro vozes antigas, repetidas e que me fizeram mal, quando tudo que quero é encontrar uma voz que me traga novos ventos, novas emoções, novos prazeres, novos sentidos.
Cadê você, guria?

-

Ando falando muito de música.
Talvez seja essa a plenitude que sempre procurei.

-

A TV tira o meu sono e faz-me lembrar das coisas que nós falamos sem pensar, naquela tarde, naquela mês.
Lembra? você tentou desistir de tudo. Penso em tudo e não durmo, quando tudo que eu quero é acordar pra sempre com você.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Pacote Incompleto.

Meu coração veio embalado n'uma caixa velha e corroída pelo tempo, e eu perdi o manual de instruções quando, na euforia de poder usá-lo, joguei tudo para o alto. Desde então, me perdi dentro das minhas próprias concepções, equivocadas ou não, de amor, rancor, angústia, sofrimento e tudo o mais.

Abro livros, em páginas aleatórias, e procuro palavras que me acalmem, mas nada faz sentido. Foi-me dito que eu precisaria encontrar alguém que contenha os saberes deste tal "manual". Confesso que nunca me senti tão mal; estou cansado de perder meus dias, semanas e meses procurando por algo que nunca acharei. Em meio a todo esse desentendimento encontrei você.

Você apareceu, e conclui que não existe nada mais estafante para mim do que um objetivo em mente. Meus olhos estão cansados de chorar e a minha voz há muito não aparece; foi embora por não ter mais o que gritar.
Você apareceu, e conclui que não existe nada mais gratificante para mim do que sentir minha pulsação se elevando a ponto de quase explodir meu coração. Resolvi chamar essa explosão de amor, já que isso sempre foi um sentimento que nunca conheci. Minha mente está cansa de todos aqueles maus pensamentos impelidos para fazê-la se sentir melhor.

-
Ok
-

Eu não preciso de um manual. Basta a tua voz, aqui, para me acalmar.

-
Não
-

Bastaria, claro, mas você veio e me deixou confuso.

-
E agora?
-

Hoje, saio por aí, procurando alguma melodia que possa substituir a tua voz, porque sou orgulhoso demais para admitir que tua voz é o único som que faz bem aos meus ouvidos. Por vezes, penso encontrar melodias que se igualem com as suas, mas são apenas discos arranhados, jogados de lado por um coração que há muito não ama; Elas falam de amor, mas o timbre é cansado, de quem já está decepcionado, de quem já não ama mais. Eu não quero isso, quero alguém pra me amar.

Que merda, guria, quem te fez tão perfeita assim?

terça-feira, 22 de junho de 2010

Um pouco da minha ignorância.

O que está faltando no mundo?
Vejo como as pessoas estão se tornando burras, cada vez mais apegadas em bens materiais e ilusões com vidas perfeitas.
O que está faltando para essa pessoas?
Vejo que sonhos estão sendo deixados de lados, que as pessoas cansaram de lutar, que preferem desistir, será que realmente perdemos todos?

Queremos tão pouco? Tecnologia não traz o valor humano, só realiza o que as pessoas estão com preguiça de fazer, está faltando coragem para lutar, está faltando pessoas que queiram sentir.
Eu quero pessoas que estejam do meu lado, que eu possa contar com o calor de seus sentimentos mais sinceros, com os seus olhares mais vivos.

Hoje, ninguém liga para quem vai sofrer com os seus erros, simplesmente erram e matam esperanças, jogam fora o sentimento mais forte do homem, dá vida, o que está faltando é viver, está faltando querer ser feliz, lutar por ideais.
Estou cansado de pessoas que só sabem reclamar, falar, argumentar, criticar se ponha no seu lugar, lute pelo que você quer, não adianta ser mais um que irá gritar e sim o que vai lutar pelo o que gritou!

Hoje eu quero ir além dessas falsas verdades, eu quero viver, eu quero sentir e não aceito que me digam que estou errado! Pois esse é meu modo de ser feliz , e quero apenas que me sigam aqueles quem realmente estão pronto para serem felizes...

domingo, 20 de junho de 2010

Venha dizer adeus ao que restou.

Pra que mentir?
Você já percebeu que as coisas não vão bem. Culpa minha, acho. Eu não devia ter feito todas aquelas promessas, mas o meu coração me mandou, porque a paixão sempre falará mais alto que a razão. Na verdade, não tenho certeza. Não sei se é culpa minha o amor ter virado um jogo tão difícil de ser jogar.

Só tenho pensado naquela tarde que passamos juntos, quando você correu atrás de mim, só pra dizer que não podia me ver indo embora, pois não queria ter a razão da sua vida sumindo ao longo do horizonte. Lembra? Fingimos ser felizes.

Só tenho pensado naquela tarde. Nós dois, em frente a escola, falando besteiras pra irritar o outro até que alguém se irritasse de verdade e fosse embora sem dar satisfações. No fundo, fizemos aquilo por nos amarmos tanto que a despedida doeria em ambos corações, eu sei.

Lembra de quando tudo dava certo pra nós e você correu pelas escadas do seu prédio só pra dizer que arriscaria, pois tudo valia a pena? Dias depois, discutimos e você disse que queria que morresse.

Eu estou cheio de todo esse papo de morrer. Não posso pensar na morte enquanto você estiver viva e me dando motivos pra sorrir, sempre que eu lembrar de todas aquelas promessas e planos que a gente já deixou pra trás.

Promete, um dia, voltar? Nem que seja pra dizer que não me ama mais. Só pra gente poder dizer mais uma vez que nosso amor sempre será repleto de páginas em branco, embora, no fundo, tenhamos muito a dizer.

"Lembra que o plano era ficarmos bem?" (Renato Russo)

sábado, 19 de junho de 2010

Trechos, verdades e razões.

Alguns contornos bipolares, acho que todos tem um pouco disso.
E favorável lutar por algo ao mesmo tempo que é complexo entender algumas atitudes, as vezes acho que me prendo muito a mim e ao cotidiano, quando deveria me libertar um pouco do meu ego.
Quando digo os contornos bipolares, eu falo sobre as diversas formas que o ser humano consegue trocar de opinião, assim como eu já vi pessoas que discordam de seu próprio modo de pensar.

A verdade é que eu me torno um observador de tudo e de todos, acabo gostando do que eu encontro pelas ruas, ou pelas voltas que a vida dá.
Se torna importante compreender um pouco do nada, daquilo que você não liga, daquilo que não passa na televisão, talvez o erro não esteja no governo, afinal, são poucos que trocam seu quarto e seu computador por um momento de paz e conforto com amigos e familiares...

Percebo também como me tornei antiquado e como gosto disso, como vi em mim um modo de tentar crescer com o que eu quero e não com o que o mundo me oferece, acredito que irei chegar onde eu quero, onde eu desejo.

Sou um ser humano como todos que chegaram a ler esse texto, como todos que acordam hoje, é diferente ser normal como é normal ser diferente, o que está no meio que é a critica, se torna neutra, não tem valor aquilo que é igual.

"Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata."
Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Heartache.

Sentei nas pedras, na beira da praia. As ondas batiam e molhavam a barra da minha calça. Dessa vez eu não tenho medo, estou cansado desse mar aberto de ilusões, não posso ter medo de molhar a barra da calça por medo de que a água tome conta de mim.

O mar estava relativamente calmo, apesar das ondas. Pude ver, num relance, o reflexo do meu rosto. Os olhos estavam sem vida e as olheiras acumulavam horas de sono mal dormidas devido a tudo isso que me circunda de um tempo pra cá. Tentei sorrir, mas falhei. Meu sorriso foi tomado de mim há muito tempo e meu coração já está partido demais para se importar com um fator tão pequeno quanto esse.

Uma onda atingiu-me e levou-me com ela, afogando-me em minhas próprias lágrimas e convicções. Tenho muitas convicções, mas tudo que pude fazer naquele momento foi implorar para que as águas do mar lavassem minha alma e tomassem conta das minhas mágoas.

Paro, penso e a conclusão: nula.

Eu estou aqui e continuo agindo certo, mesmo que sem querer. O tempo é que está errado, me fazendo, por momentos, sentir minha própria pulsação. Meu coração está dolorido demais para pensar em qualquer coisa para dizer. O que pude foi:
- Estou aqui para encorajar seus sorrisos. E espero que você não chore.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

J.A.M - Minha geleia favorita.

Ainda não dormi. Passei a noite gritando por alguém, mas ninguém veio, talvez porque os gritos tenham se tornado ineficazes quando abafados pelo meu travesseiro, que há muito tem sido meu melhor amigo.

É estranho como em um piscar de olhos todos os momentos ruins que já vivi podem voltar a dominar meus pensamentos. N'um piscar de olhos muitas coisas acontecem: perco pessoas, tenho alucinações, lágrimas surgem, sujo a minha própria alma, meu coração perde a calma e volta a bater rápido como se esperasse a morte que vem a prestações.

Num piscar de olhos vou para longe; pra um lugar qualquer, pra tentar esquecer. Fui parar em um lugar desconhecido, longe demais de tudo que faz sentido para mim. Enquanto examinava o semblante sujo e triste dos que acompanhavam um carro fúnebre fiquei me perguntando: Em que lugar da cidade vive a pessoa a quem minha morte há de significar algo?
Havia vocês três, mas não estou certo. Embora nossas almas fossem parecidas e nossas doenças e vícios também, vocês não ficariam um tanto aliviadas ao ter conhecimento da minha morte? Não sei.

Isso me faz muito mal, embora ninguém imagine o quanto.
Indecisões ou impossibilidades?
Às vezes acho que me fizeram capaz de sentir demais, quando tudo o que eu queria era ter sido feito para morrer.
Eu só queria, por 5 minutos que fosse, ser feliz.
Eu preciso dizer que te amo, mas eu não sei quem você é.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Destruição em massa de corações.

O tempo correndo, contra nós.
Sempre foi assim, acho.

Andar, por aí, sozinho, não adianta.
Proferir palavras ao vento também não.
O que adianta, afinal?
Acreditar nos meus sonhos adianta?

Meus sonhos são os teus.
Quem sabe, sejam você.
Os meus sonhos são errados.
Não é anormal eu me sentir assim; é usual.
Loucura?
Loucura é achar alguém mais sentimental que eu.

Eu não acreditar que você seja um sonho, mas você é.
Você é, e sempre foi, o que escondo no peito.
Fiz desses sonhos a razão para me perder
nesse imenso abismo que é tentar sumir.
Tudo bem se sofro um pouco mais; não ligo, afinal.

Os nossos pés já não tocam mais o chão.
Não posso mais tocá-lo porque me apaixonei por ti.
Isso é bom ou ruim?
Não sei, é apenas guerra.
Quem vai morrer nessa batalha?
Eu é que não vou lutar no teu lugar
Fechei os olhos pra ti,
você já estava longe demais.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

When the sun goes down.

Dias alegres de outrem
diferem dos meus dias angustiantes
Os livros fechados na estante
são tão fechados quanto
meu coração neste instante
em que você aparece e me leva pra outro lugar
Você não tem asas, nem nada
mas estou certo de que pode me fazer voar.

Meus dias, agora, são outros
Inacabáveis e longos
Mesmo antes de chegarem,
já imploro pra que acabem
mas sempre corro das estrelas
para que não abafem minhas belezas.

Boa noite, amor, sabe o que está por vir?
Eu não vou cantar pra você dormir,
pois agora caminho chorando pelo mundo afora
sempre que o sol vai embora.

domingo, 13 de junho de 2010

De todos os contos...

É estranho escrever quando você está feliz, ainda pelos os motivos que eu sempre escrevi.
Não é certo falar que posso resumir tudo, mas tentei voltar alguns anos na minha vida.
Dessa vez cheguei até o momento que minha mãe me falava sobre um dia crescer, conhecer pessoas e viver minha própria vida, com 15 anos isso acaba se tornando apenas um conversa bem humorada com sua mãe.
Tudo bem, de todos os fatos eu entendi que ela queria me mostrar um pouco do que seria importante para mim depois de um tempo.

Hoje acho que isso faz sentido, não para todos, como eu mesmo já escutei que muitas pessoas não desejam esse modo de vida. Acho que sou feliz por estar assim, sabe quando você acorda e pensa tudo que já fez e tenta buscar respostas para aquilo está acontecendo contigo?

Momento assim são raros, acho que tenho sorte, pelo menos posso dizer que tenho.
Dizem que você crer mais na perfeição e na vida quando chega ao amor, crer nisso pode-ser ao mesmo tempo louco e verdadeiro. Eu sei dizer o que sinto! Assim como eu também sei dizer que palavras são apenas tentativas para resumir o que você acredita.

Queria falar sobre ontem, queria falar sobre tudo que eu não sei resumir... Acho que nunca tive tanta certeza, saber que alguém pode te deixar sem direito de resposta apenas com um gesto, não falo de matéria, e sim de algo que vai além do que se pode tocar.
Essas pequenas formas de falar, de olhar e de pensar que apenas aquele silêncio pode resumir, não adianta tentar ser sábio nem toda a sabedoria iria ser tão perfeita quanto.

Falam que depois de um tempo a magia acaba, que as pessoas ficam cada vez mais distantes, que existe razão que leve à crer nisso, não posso responder por todos, sei que posso afirmar que amar vai além de magia, além de distancias e que não é só de razão que vivemos.

Eu realmente queria falar sobre ontem, eu realmente queria passar para um texto o que eu estou sentindo, eu queria provar a todos que é incrível viver desse modo, que vale a pena acreditar que um dia tudo se acerta, que você e seu ego é pequeno para tudo que existe no mundo.

Já não sei viver sem isso, já não quero viver sem isso... Ainda é confuso, ainda é difícil compreender, mas eu tenho certeza, isso basta.
Mãe, eu sei que ainda estou crescendo e desejo nunca parar, mas não desejo conhecer outras pessoas assim como eu já sei com quem eu quero dividir minha própria vida...

sábado, 12 de junho de 2010

Elevador de sonhos.

Eu criava na minha mente, meus monstros e minhas próprias soluções para por um fim neles, nem sempre eficazes, mas sempre perfeitamente compassadas entre meus escudos e espadas. Coisa de criança.

Quando criança, eu nunca medi as palavras ou os pulos do muro para o chão, nunca pensei que aquilo poderia resultar nas cicatrizes que carrego até hoje. Cicatrizes que talvez sejam mais dolorosas que essa dor que sinto aqui no peito há muito tempo.

A dor que sinto no peito ao lembrar de coisas que não vivi devido a minha estupidez, é de tamanho imensuravelmente colossal, porém ele doi infinitamente mais quando percebo as coisas de deixo de viver por me prender tanto ao passado.

O passado é passado. Já foi, passou e contradizeu o meu presente antes mesmo de chegar. Meu passado brilhou e se extinguiu, restando apenas a palpitante recordação de que em muitas ocasiões eu me sentira bastante próximo dos meus sonhos, mas nunca podendo saboreá-los. É como ouvir o compasso de uma música antiga, por mais que esteja próximo d'aquele momento, longe estou.

Guardo nas minhas gavetas uma droga excelente, extremamente forte, a base de ópio, para aplacar dores. Abstenho-me tão raro há meses, apenas o uso quando a dor física me é insuportavelmente mortificante. Sempre fui adepto disso, embora nunca tenha servido para suicídio.

Aos meus 14 anos, prometi-me uma coisa: Eu, apenas eu, sou digno de por fim à minha própria existência. Porém, antes de tudo, eu precisaria me desculpar de tudo aquilo que me arrependo. Então, dou início aqui:

No passado, penso ter deixado explícito todo o meu ódio por você, mas quero que saiba que alguém continua te amando aqui no elevador.
Voltando a toda a minha fase de criança, vejo minhas cicatrizes (muitas que você causou), mas eu sei o fim disso tudo.
No fim, o monstro sou eu mesmo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A story to tell you.

Eu sou o certo e o errado
O capacitado e o incapacitado.
Sou muitos e ao mesmo tempo nada.
Sou páginas mal viradas

Talvez seja mera ilusão
besteira de quem há muito
não encontra chão para pisar.
Talvez seja apenas contradição.

Sei que gosto de venenos e abismos
Mas lá no fundo, tenho medo de
acordar e pensar
que tudo que a gente ama sempre tem um fim

Bom dia, amor, hoje estou na sua programação favorita.
Então, me diz, o que te faz feliz?

terça-feira, 8 de junho de 2010

Termos.

Me peguei lendo Fernando Pessoa, para mim o maior poeta da humanidade.
Apesar de seu modo triste e melancólico ao escrever seus poemas, ele trazia em si um pouco de verdade que trago em mim.
Sim, eu gosto desse modo que ele via sua vida, dessa maneira triste, de um olhar mais apurado dos seus sentimento.
Eu sinceramente, tento me espelhar em alguns de seus poemas e tento ver à vida como ele.
Por iço que venho mostrar um lado que talvez vocês não conheçam de mim.

Como planos e fatos de grandes procuras eu ainda cresço, tento mostrar um pouco do meu lado mais forte, nunca fui o garoto mais descolado do colégio até pelo fato de não querer e achar que isso é totalmente desnecessário. No meu puro e sincero modo de pensar eu gosto de ser o estranho, nunca achei muita graça no normal.

Os maiores conflitos que eu tenho são internos, nunca ligo para muita coisa do externo, gosto de escrever para tentar amenizar alguns desses conflitos e até para expressar minha forma de pensar. Tenho um objetivo pessoal de escrever um livro, acho que seria um modo legal de ajudar as pessoas que se sentem como eu.

Por fim, hoje procuro ser um pouco mais calmo, procuro menos as respostas e deixo que elas cheguem com o tempo certo, os medos que eu tenho já tornaram-se tão grandes que prefiro conviver com eles à ter que enfrenta-los.
Não queria terminar esse texto dizendo que estou bem, talvez pelo contrário do modo feliz estaria triste ao dizer que estou bem, verdade!
Apenas queria mostrar meu modo de ver, meu modo de pensar e falar, não espero ser um homem perfeito! Assim como não espero ser totalmente feliz, pois para mim o homem não mostra que é grande com sua força e sim com a sua dignidade! O amor ainda será meu modo de viver e meu modo de pensar!

Talvez não traga tanta importância para o mundo palavras como essas, mas provo aqui que não aceito o normal e não serei normal! A vida é feita de frutos e eu serei aquele que irá come-los!

domingo, 6 de junho de 2010

Nada muda (I don't belong here).

Ele não dormia havia dias, passava horas olhando para o relógio na parede, parado, esperando por qualquer coisa. Ansiedade, saudade, rancor, dor, felicidade, qualquer sentimento que batesse em sua porta e trouxesse consigo o mínimo sinal de inspiração.

Ele fazia de tudo para esboçar alegria, mas o seu sorriso já fora tomado há muito tempo. Seu coração já não batia como antes, pois já não mais amava, já não mais odiava. Ele continuava, afogando as mágoas pela angústia que é não sentir nada. Nas palavras, encontrava seu prazer, o mundo, a vida, a morte; encontrava a si mesmo.

- Talvez isso seja o meu melhor. - Disse, certa vez.
- Isso não é talento, garoto. DESISTA!

Seus olhos encontravam-se escondidos atrás das mãos, pois a vergonha agigantara-se a ponto de não permitir que suas lágrimas fossem vistas.

Um dia, após ter fugido para longe de tudo, estava sentado naquele mesmo lugar de sempre, que lembrava sua infância. Ele não tinha a mínima ideia do que estava fazendo ali, talvez procura-se alguma explicação para tudo. Ele não sabia o que fazer, mas sabia o que sentia... Nostalgia, decepção e tristeza. Lembrou-se do que foi dito; lembrou-se da vez em que disseram que ralés não se encontram na vida e que o destino dele seria o nada.
Uma sombra passou acima dele, por um milésimo de segundo pôde sentir um vento estranho passar por ele. Era o vento do verão chegando, o vento que levava as flores, que levava os amores.
Olhou para o céu e viu um bando de pássaros voando, podiam ser pássaros voando para o Sul, mas não eram pássaros quaisquer.
Ele olhou o bater de asa dos urubus e viu que até as mais sórdidas e imundas formas de vida podem ser belas fazendo o seu melhor.
- Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

I'm not a social scientist

Por um dia desses, enquanto eu estava perdido em um turbilhão de ideias durante a aula de sociologia, vou levantada a questão: Para'onde vão os impostos que nós (ou nossos familiares) pagam?
A minha vontade foi de, naquele exato momento, tampar os meus ouvidos para não ter que ouvir a opnião alheia. Não me levem a mal, eu gosto da opnião alheia quando ela presta para fazer alguma diferença.
Para minha enorme (enorme de verdade) surpresa, a classe manteve-se em um silêncio mortal na prática (ou mortal). Tentei entender o por quê. Talvez tivessem medo de expor seus argumentos (queria estar certo quanto a isso), ou não sabiam responder.
Meu professor, quase imediatamente, respondeu: Os impostos são pagos e vão para o governo e esse dinheiro é refletido em melhorias para segurança, saúde, educação, etc.
A classe afundou em gargalhadas, alegando que o dinheiro ia era para o bolso dos 'governantes'. Foi nesse momento que tampei os ouvidos.

Ok, tudo bem as pessoas reclamarem. Eu até concordo, pois está tudo uma merda (uma baita merda) mesmo. Mas acho que antes de começarmos a falar precisamos pensar em tudo.
Os nossos 'governantes' são brasileiros, como nós. Foram originados em famílias brasileiras, receberam educação de escolas brasileiras, fazem parte de igrejas brasileiras e seguindo esse pensamento, iremos.
Acho que é o melhor que dá para fazer né? Eles são como nós, são brasileiros. Então, por conta disso, para mudarmos uma grande (no sentindo de extensão, ok?) nação, precisamos antes mudar a nós mesmos.
Já foi dito antes e eu enalteço: Pense globalmente, atue localmente.

Meus argumentos são fracos, mas posso chegar a uma conclusão:
Um corrupto em cada esquina, um assalto a cada segundo, um analfabeto a cada metro quadradro, um desempregado em cada família. Tudo isso por quê? Por conta de bilhões de eleitores e contribuintes.

Segundos...

Já era quase 3:30 da manhã quando eu acordei com um leve som de choro. Mesmo sabendo de tudo que ocorria nessa semana eu temi levantar para saber os motivos...
Ao decorrer de 2 minutos o choro ficou mais forte, e logo entrou pelo meu quarto... Era minha mãe, totalmente sem controle e ao mesmo tempo sem chão, procurava à mim um momento de desencanto... E como sem nenhum modo de pensar veio a noticia com choro e uma tristeza sem tamanho:

-Fernando! Minha mãe, minha mãe, papai do céu à levou Fernando. Gritava ela ao me abraçar!

Eu sem muitas palavras só pude chorar e dizer para ela se acalmar, mesmo sabendo que de nada ajudaria.

Logo depois de alguns minutos e ela em seu quarto, tomei a questionar eu mesmo, qual seria o motivo de uma tristeza tão grande, apesar de saber que tudo estava errado e que não seria o momento para querer questionar nada.

Como por um segundo eu tentei ser verdadeiro e mesmo não acreditando, rezei, pedindo por um momento que minha avó, chegasse em paz onde seu espírito fosse.
Me encontrei meio distraído com aquele momento que não servia de aprendizado mais sim de um legado familiar, pense como quiser sobre isso.
Já beirava 4:40 quando olhei o relógio novamente, como eu não percebi o tempo passar tanto?
Levantei, fui beber água, ainda com o choro de minha mãe que tornavas-se a minha maior fraqueza.
Tudo até ali tinha sido tão forte, que ainda tento medir minhas palavras ao descrever...
No fim ainda estava na minha cama, sentado com a mão na testa, tentando pensar um pouco, e tentando ver o que faria depois dali.
Quando derrepente, com um tom divino e ignorante, meu pai falou:

- Fernando... Durma, isso logo vai acabar.

Só agora entendo o que aquelas palavras significaram...

No momento pensei em falar que não estava com sono, mesmo sabendo que estava, e que ainda não tinha dormido o necessário, já que eu tinha ficado acordado até as 2h escrevendo músicas.
Enfim, optei por dormir...
Deitei e pensei por mais uns 20 minutos sobre tudo aquilo, até que meu sono e toda a melancolia da madrugada me fez adormecer.

Em todo os possíveis atos da vida, a morte é eminente... Não queria ser um pensador, nem um questionador dela, mas me torno sempre, depois de tantos lamentos creio eu que estou certo, mesmo sendo um pouco triste e melancólico.
Os erros ainda estão por dentro de todos e isso nunca ira mudar, podemos concertar alguns, mas não espere que todos sejam concertados, a alma ainda é uma coisa delicada assim como todos os sentimento que nos ligam.
Deixo meu lamento por todas as pessoas que perderam entes queridos, e peço que vocês não deixem isso passar, chorem se tiver que chorar, gritem se tiverem que gritar, isso nunca será uma vergonha, morre não é uma vergonha e sim uma certeza!

Em memoria de Oscarlina Cavalcante, minha eterna avó.
Eu te amo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

I'm not the sun, little darling.

Ouço músicas de estações desconhecidas, com frequências tão altas que às vezes parece que meus pés deixam de tocar o chão. Não me leve a mal, eu amaria voar, mas eu não gosto quando tudo se torna um pretexto para se estabacar com a cara no chão.

Eu ando por aí, perdido em marés de sinapses, tentando enganar o meu coração. Acima de tudo isso eu tento ser racional, mas um dia eu ouvi alguém dizer que não há nada mais emocional do que tentar ser racional para esconder a dor.

Minha história sempre foi contada em pequenos versos sujos e mal elaborados, mas embora isso seja ridículo, aprendi a viver assim. Eu sou obrigado a contar a minha história em pequenos pedaços, pois os meus passos são tão curtos quanto o meu coração.

O meu coração, em toda o seu minúsculo tamanho, tenta colocar dentro dele um sentimento imenso e por conta disso, penso que posso me dar ao luxo de sair correndo por aí como se não houvesse amanhã.
Meu coração bate fraco, mas bate por você.
Me ame, pois não disponho de anos; disponho de poucas horas.