quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Twitter.

Acordo. 3 da manhã. Sem vontade de viver. Acendo um cigarro. O dia mal começou e eu já estou sentindo nojo das pessoas. Virtuais. Sem virtudades. Sem nada.

Memória de peixe.

O sol está queimando miolos lá fora. Acordo. Suor. Olhos colados. 15 horas se passaram. A vida passou junto ao tempo e eu não vi. Foda.

Quero viver, mas eu nem consigo acordar.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Creep.

Estou sempre correndo por abismos com cara de quem sabe viver, gosto de todo esse perigo me cercando, gosto de brincar com a minha própria morte e não sou do tipo que parar pelo simples medo de cair. Sou do tipo que não para nunca, nem quando o coração já está tão flagelado a ponto de todo o seu interior se secar. Não há água que mate minha sede e isso ninguém percebe.
Vivo perigos e carrego cicatrizes que mal cabem no meu olhar. Essas, quase sempre, precisam transbordar, em lágrimas, fazendo meu peito a cada ano pesar mais. E esse peso incomoda, pois sei que não posso carregar minhas frustrações e erros pra sempre.

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Se eu não fosse tão orgulhoso com toda certeza seria alguém melhor
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Eu não paro de olhar pr'o que ficou pra trás. Quanto mais fundo eu cavo o passado, mais difícil se torna a minha volta. Não vivo, é tudo um teatro de tragédia onde a vida passa fulminante enquanto eu enxergo todos no chão, mortos pelo tempo que passou, sem curar porra nenhuma. Felizes os mortos, abençoados com o dom de não sentir nada.

Ninguém nunca saberá o que realmente se passa na minha cabeça. Ninguém enxerga através de mim, então tento não transparecer que não quero mais viver. Não dá pra ser feliz

domingo, 9 de janeiro de 2011

Bobagens.

"Em pensar que eu era apenas o menino que sentava no fundo da sala e gostava de televisão..."

Quanto tempo faz? Não me vejo inofensivo, longe disso! É que sou tão disperso dessa tal "humanidade".

Calça apertada, toca na cabeça, magrelo e com um tom de cansaço! Você se importa se eu não me importar? Diferente da maioria dos meninos da minha idade, diferente da maioria dos meninos de todas as idades! Negativo e realista, nunca vi a vida como um jogo de quem é pior para sobrevive; estou longe de imaginar uma vida feliz...

Sempre fui sonhador, quando criança, sempre imaginei voar ao sentar em um balanço, achava tão divertido ter apenas 3 amigos para brincar, não importava a multidão ao redor, não importava a ignorância ao redor!
Sempre soube que não iria ter meu pai, mesmo sabendo que foi uma opção dele, eu queria poder te-lo. Egoísmo o meu, quantas decisões terei que tomar sem poder perguntar a todos se são certas? Mesmo assim, eu queria te-lo...
Por um tempo pensei que ele não quis a mim e meu irmão, e por outros, apenas acreditei que ele não valeu a moeda de ouro que pagaram pela sua vida!

Cresci, e como eu cresci, tão breve era aquele menino que jogava bola na rua e ria de besteiras faladas por brincadeira!
Quantos planos tracei naquele tempo, quantos planos eu ainda tenho daquele tempo...
Falei com tantos, que hoje nem são tantos os que eram, xinguei aos montes para mudar e vi aos poucos mudarem. Realidade a minha, realidade a sua, seres humanos os nossos seres humanos os vossos...

Santa arrogância a minha não lembrar dos bons momentos!
Momentos aqueles de dividir o copo de refrigerante em festas, de furta entradas em salões e roubar corações, quantas coisa falamos, quantas coisas escutamos, quantas bandas e quantas bebidas, me sinto um velho ao lembrar!

Sempre tão antiquado eu fui, acreditei severamente no amor; assim como acredito e sou movido por ele até hoje...
Por qual motivo não casar? Pensava eu desolado em solidão na madrugada.
Por qual motivo não acreditar em um romance verdadeiro? Eu questionava!
Nunca tive resposta sinceras o bastante para essas duas questões até hoje...

Sempre levei o sério além da palavra, levei o verdadeiro além do sentido, levei o sentimento além da minha razão! Acredito que um homem não pode fazer seu coração bater apenas com a mente, não de um modo onde mesmo seu dedão do pé até seu último fio de cabelo, sinta aqueles batimentos!

Talvez seja eu o errado por pensar assim, ou até mesmo acreditar que existe sim, pessoas que se entende pelo olhar, que brigam por besteiras e se amam por bobagens, que verdade não é o resumo de um dia e sim o resumo de uma história, que belo é apenas o sorriso de um casal apaixonado e não seu "composto!"

E de tantas questões me tornei o que hoje sou, me tornei o que eu questiono, me tornei o que eu questionava, abreviei textos, escrevi cartas, fiz linguagens diferentes, apenas com o intuito de ser incompreendido!
Não sou o normal, assim como sou o igual, não sou o diferente, assim como sou o incoerente!

Amo pessoas por tal forma de acreditar na vida! Amo pessoas por tal forma de tentar o inatingível! Acreditem no que parece ser impossível e o transformem no inacreditável!

Assim eu sou e assim serei eternamente, uma criança que acredita ser um adulto, ou até mesmo um adulto que acredita ser uma criança...

sábado, 8 de janeiro de 2011

Doença!

Acho que estou doente.
Não é comum eu falar isso, nem é comum eu pensar nisso...

Seria muita coisa falar que isso é mentira, e seria pouca coisa falar que é verdade, tão óbvio quanto essa frase!

As vezes acho que doença não é só aquilo que falam em textos médicos ou em sentimentos adversos, vai bem além disto, doença é algo que corroí e mata aos poucos, mesmo você aparentando estar bem. E sei que vocês sabem do que estou falando!

Estou cada vez mais sem vontade para comer, sem dignidade para levantar, tudo que roda na minha mente entra em transe com o meu coração, acho que esse é o resumo de toda a doença em mim...

Fatos, fotos, promessas e declarações, textos, clichês e emoções, quantas falsidades mais o mundo necessita?
Não levem para o lado pessoal o que estou a escrever, só cansei de pessoas assim, que falam por falar, que pensam se agir, que acham por achar e mente ao sorrir!
Cansado de fardos, cansado de hipocrisia juvenil, e falsidades adultas!

Quantos mais? Respondam! Quantos mais vocês querem?
Já não basta acreditar que toda a população é coerente?

Pensar me denigre, pensar me regride, pensar me acumula...
Todos odeiam o odiado, mas amam o amado, isso é o defeito de "ser" e não de "humano".

Pensar, pensar, pensar, me deixem com a minha doença, me deixe com a minha solidão de espaço, eu penso por si só e por todos ao meu redor, eu penso por Deus e pela humanidade, eu penso por mim e por toda a sociedade!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Adeus.

eu procurei não procurar
qualquer amor que me sufoque
cheio de toques pra me deixar sem ar

eu procurei não observar
as pessoas na rua
sem lua, sem nada
em carne crua jogadas na calçada

cada dia mais e mais
a paz que não se sente
fechando as mentes
de quem foi embora sem dar satisfação

a minha guitarra está chorando
será que ninguém mais acredita no amor?