domingo, 4 de abril de 2010

G.

"Oi, você tem fogo?"
Eu não acredito em destino,
mas isso pareceu destinado.
Teu olhar e como os cigarros acabaram.
Todos me olharam, não acreditaram
mas eu tinha gritado.
Você riu da minha desgraça,
mas no fundo, eu também achei graça.
Perguntei o teu nome
e você foi uma completa palhaça
- Seu pior pesadelo.
- Como faço para tê-lo?
- Que tal vivê-lo?
O tempo passou,
a gente não notou.
- Todo mundo foi embora - Você falou.
- É, o que a gente faz agora?
Você sabe muito bem o que aconteceu.
O espaço desapareceu.
O chão se perdeu para nós.
E no final, a tua voz,
foi o que nos fez melhor.
- Vou esperar por você em todo lugar.
- Francamente, Arthur, Eu sei que você não vai voltar.
- Que te garante?
- Pára pra pensar por um instante.
- Que foi?
- Pensou?
- Sim.
- Você alguma vez voltou?
- Como assim?
- Eu não sei. Você tem cara de quem engana garota, não é?
- Você não é uma garota qualquer.
- Eu sei que não sou eu quem você quer?
- Por que acha isso?
- Você mal me conhece.

É verdade, eu mal a conhecia.
Mas você continua aqui, viva.
E a agora, o que a gente faz?
O sentimento não pode ficar pra trás.

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