quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Bring it back.

Nossas casas são imensos cofres ou armários onde guardamos as nossas coisas mais importantes. A gente entulha tudo num canto qualquer e vai comprar novas coisas para ocupar o lugar daquelas velhas coisas (que muitas vezes temos pena de jogar fora por causa do dinheiro gasto). Então, por que guardamos?

Em casa a gente tem proteção (ou pelo menos gosta de pensar que tem). Pra mim nunca funcionou assim e a situação era bem mais incerta que o habitual naquela tarde. Somado ao almoço engolido às pressas e sem nenhuma forma de mastigação, bateu o desanimo.

Ao sair de casa, recebi uma ligação. Era uma voz conhecida. Quase esquecida, mas bastaram poucas palavras para que meu coração desacelerasse e perdesse a uniformidade. Aquela voz sempre tivera esse efeito em mim, então eu não me importei. O encontro estava marcado e lá fui eu, com meus quinze, achando que já sabia muito sobre todo esse assunto que eu nem sei se já se desenrolou na minha vida.

Essa é uma história que eu gosto de contar. Três horas da manhã, a dona da voz ainda por lá, junto dos meus amigos e o meu peito prestes a explodir, por causa de um esmagamento tão estranho, consequente do melhor momento da minha vida. Acho que eu soube pela primeira vez na vida o que era a felicidade. Foi momentânea, mas o meu coração ainda bate por ela.

Quantas vezes você já saiu e desejou nunca mais voltar pra casa? Quantas vezes você já pensou em abandonar tudo o que você tem para viver melhor?

A parte boa em ter os bolsos vazios é possuir um espaço bem maior para carregar as pessoas consigo.

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