domingo, 17 de outubro de 2010

Who let you go?

O tiquetaquear do relógio me avisava que era hora de levantar dali. Levantei, por mais que o cansaço físico mortificasse cada músculo do meu corpo. Resolvi que era hora de fazer algo, então eu fiz uma música que falava de amor. Ela serviu pra mascarar a minha vontade de gritar ao mundo as nossas histórias, que um dia já chegaram a se acumular no intervalo de tempo entre o meu sono e a vontade de parar de sonhar pra viver um sonho acordado.

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Por que a felicidade nunca é monótona?
Bem, pra mim ela foi.
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A canção tornou-se grande. Tão grande que se multiplicou e um dia eu tive que passar a escrever uma para cada dia da nossa vida. Eu sempre tive esse dom de enjoar tão rápido das coisas grandes, como se fossem doces que comi demais ou drogas que pararam de fazer efeito após tantas overdoses desnecessárias. O meu café esfriou, nosso amor também. E tivemos que procurar novos meios de distrações. Nossos carros viraram casas e os freios se tornaram desnecessários. Se batessemos... Bem, nós já estávamos em ruínas mesmo.

Meu repertório não canta mais o meu passado.
O motivo? Eu não estou mais em apuros, eu já caí no abismo.

3 comentários:

  1. @camilakalel Profundo ...

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  2. Manolo não psico que não pode receber essa mensagem.30 de outubro de 2010 às 17:17

    Passe essa mensagem pra algum manolo psico ou morrerá em 500 anos!

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