sexta-feira, 20 de maio de 2011

Liberdade.

Engasgo ao falar o que o título diz, a letra sai estranha aqui nesse papel quando a escrevo e tudo se embaralha. Talvez seja porque, superficialmente, isso é tudo que desejo.
O que anda me intrigando eu resolvi perguntar ao Houaiss:
"Condição daquele que não se acha submetido a qualquer força constrangedora física ou moral", ou então "possibilidade que tem o indivíduo de exprimir-se de acordo com sua vontade, sua consciência, sua natureza".

Entendo como força constrangedora: tudo aquilo que impõe um constrangimento a nós, impedindo-nos de realizar uma ação em mente.
Diante disso penso quão distante (ou impossível) a liberdade se faz, pois são constrangimentos: medo, vergonha, ódio, insegurança, ódio, paixão, etc (internos); leis, regras de etiqueta, o olhar alheio, etc (externos). Além desses, há a dependência física ou mental.

Penso: como me emancipar da vergonha, do julgamento, do medo, da timidez, das leis e dos outros inúmeros constrangimentos?
Passo a enxergar como impossível a expressão “Ser Livre”, também porque desde muito miúdos somos criados por pessoas que já possuem filosofia de vida, visões religiosas e preferências políticas. Podemos livremente pensar e escolher nossos objetivos, mas nem sempre é permitido agir para a construção dos mesmos.

Se amo alguém e, por ventura, essa pessoa me põe em situação onde minha vontade e escolha reflete em mágoas para ela, eu não pensaria antes de tudo e, possivelmente, agiria pra deixá-la feliz, mesmo que contra minha vontade?
Nós estamos presos a um sem-número de coisas.

Eu com minha desinteressante mente de 16 anos, prefiro deixar vocês como os grandes pensadores:

“Ser livre é autodeterminar-se” (Aristóteles)
“Sou o único responsável por meus caminhos, sou o único responsável por tudo que faço“. (Jean Paul Sartre)
“Quem quer que já se tenha debruçado sobre uma questão ética difícil sabe muito bem o que o fato de nos dizerem o que é que a sociedade acha que devemos fazer não ajuda ninguém a se resolver por essa ou aquela solução, precisamos tomar a nossa própria decisão. As crenças e os costumes dentro das quais fomos criados podem exercer grande influência sobre nós, mas, ao refletirmos sobre eles podemos resolver agir de acordo com o que nos sugerem, mas também podemos fazer-lhes uma franca oposição” (Peter Singer).

Eu, mesmo depois de procurar por frases coerentes para esse texto, continuo com minha dúvida sobre toda essa questão da liberdade. Parece que para ser livre eu devo emancipar-me de tudo e desprender-me do material e espiritual, ou seja, viver em eterno exílio e ser dono de mim mesmo.

O que é engraçado é: ora digo que deus nos abandonou, ora tenho quase certeza que ele está ao meu lado e isso faz com que eu sinta que é possível viver em exílio, mas segundo o filme Into the Wild, felicidade só é real quando compartilhada. Queria eu poder viver em exílio e, como a música, dizer:
“É Deus, parece que vai ser nós dois até o final. Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro. De que vale ser aqui onde a vida é de sonha liberdade?”.

Nota do autor: Que tal um debate? Diz aí o que é a liberdade pra ti ou então pelo menos diz se esse texto mudou, mesmo que pouco, a tua concepção. Desculpa a confusão transcrita, mas foi difícil passar isso tudo pro papel.

Um comentário:

  1. assunto complicado... acho que a liberdade só existe realmente dentro da gente, pode ser só a ilusão de acreditarmos que somos livres... primeiro que existe a pergunta em torno do nome o que é a liberdade? será que ser livre é o que importa? será que é liberdade o que se tá procurando? a gente é livre até onde se permite, já dizia gessinger (alma dos engenheiros do hawaii) ''A gente fica achando que é o máximo
    liberdade pra escolher a cor da embalagem'' há a tal da liberdade até onde a gente acredita que existe. muito confusa minha cabeça então deixa pra lá...

    ResponderExcluir