domingo, 26 de junho de 2011

Heavy Rain.

Dia desses cheguei, tardiamente, ao final do jogo Heavy Rain pela primeira vez. Me emocionei e antes fosse por orgulho do meu "trabalho" (nem foi tão difícil assim e no finzinho eu consegui ser capaz de foder tudo, não foi lá um fechamento de conto de fadas).

A mãe de um dos personagens era mais uma das infortunas 35 milhões de pessoas acometidas pelo Alzheimer. Abandonada, vivia internada num hospital. Em meio às inúmeras complicações da doença, ela sofria por outro motivo não menos preocupante: O Abandono. Aliás, pensando bem, ela possivelmente não tinha consciência do mal que possuía, mas conhecia, em plenitude a sua "queda no esquecimento".

A idéia de ser deixado de lado por si só é um terro, corrói-me, destroça o mínimo de esperança em ser amado até o fim.

Muitas vezes nos esforçamos tanto pensando mil maneiras de calcular a queda para evitar lesões e no fim a queda não é nem tão martirizante. FODA-SE, e se um dia for? Não quero um método de proteção, mas idealizar algo capaz de prender meus pés ao chão. Fora de metáforas, algo que me prende à minha mente. Não posso me perder mais ainda nesses devaneios.

Pondero: Como, afagado por família, amigos e namorada, posso me acabar com tais pensamentos, pessimistas além da conta?

Pondero pela segunda vez: Seria o abandono um mal que aflige a sociedade? O que nós, no auge da nossa sanidade, fazemos para sofrer o abandono? Seria punição por alguns atos atrozes que cometemos? Quem é que decreta essa sentença? Deus?

Enquanto deliro há tanta gente precisando de ajuda... Ajudando não estaríamos sozinhos nunca. É algo a se pensar.

2 comentários:

  1. Mais do que nunca penso como você, ainda mais hoje que sofri vendo o abandono de outras pessoas de tão perto. "Ajudando não estaríamos sozinhos nunca".

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  2. Gosto da sua forma de pensar. Também acho, que "ajudando não estaríamos sozinhos nunca".

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