Tudo que escrevo é crônica, nada mais. Às vezes passeio entre os estilos, faço algo mais lírico hoje, mais narrativo amanhã e por aí vai, mas o importante é: não deixa nunca de ser crônica. Talvez seja caso de pensar que eu seja preguiçoso e não levo tudo ao fim, contudo, sempre que inicio uma grande (não tão grande; na verdade, apenas maior que uma crônica) história, perco o foco, ou então enjoo das minhas personagens que inconscientemente tomam para si características tão minhas, roubam minhas virtudes, vícios, desejos e defeitos e, quando dou conta, eis diante de mim um desfile de alteregos.
No meu repertório literário - nome que inventei pois sou ínfimo demais para ter algo chamado obra - não entram romances, contos e poesias. Esses dois últimos, já tentados por mim, foram reconehcidamente falhos e esse blog é a prova do crime. Aliás, eu devia ser condenado por ser tão ignorante e mexer com poesia. Mas sou teimoso e não nego que gostaria de ser Vinicius de Moraes.
Eu vivo numa eterna distração que me limita a apenas contar histórias. A falta de poética e lábia foram refletidas numa pequena capacidade de jogar palavras que, unidas, podem fazer sentido pra alguém.
Sei que jamais serei escritor de best-seller, até porque não me agrada o popular e também me desgosta a encheção de linguiça quase sempre presente e despecebida. Bem, eu como quase-cronista espero um dia poder ganhar o meu fazendo o que gosto. Quem sabe no futuro não apareço no jornal de vocês? Quem sabe nele, não sou um pouco mais especial?
Insista no seu sonho, lute por isso. Mas, por favor, não faça a vítima, o "ninguém-lê-meus-textos", o coitadinho sem talento. Você é bom, procure evoluir.
ResponderExcluirAdoro tudo o que você escreve, aprecio cada palavra; e fico feliz de você não pretender tornar-se escritor de best-seller (apesar de possuir talento para), quando menos conhecido, te sinto mais meu, meu carioca.
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