Nossos pensamentos nos limitam de tal maneira que nem percebemos. Quando damos conta o diálogo interno é maior do que podemos suportar e então vem o peso da culpa: por que foi que eu fiz aquilo mesmo? Nossa, como fui idiota. Nos tornamos vegetais, deixamos de dar atenção ao que nos cerca e percebemos o tempo passando mais lento e agoniante, como um acinte pra nos enlouquecer. Por fim, o tempo torna-se apenas perdido. Eu suponho que a perda de tempo seja o preço que pagamos por sermos tão relapso quanto a vida e nossos mundos: interno e externo.
O mundo externo, na verdade, independe de nós. Quando nos ferimos com as merdas que fazemos, ele não se abala: continua lá mesmo sem nós. O que o abala são as falhas humanas, tão grandes. Ao nosso mundo externo talvez falte apenas uma coexistência.
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É por isso que se fala tanto em sustentabilidade?
Não sei.
Não sabe o quê?
Sei lá, to focando nos meus problemas internos.
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A loucura existente dentro de nós é cruel e adora nos consumir na neurose. Nossos problemas se tornam maiores, as angústias também. De repente nos vemos encurralados num canto onde a a saída só existe através de um surto ou perda de consciência.
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Eu não preciso de drogas pra me acalmar.
E onde estaria o equilíbrio desses dois mundos se não no amor? Ter alguém pra dividir as angústias e multiplicar as alegrias. Faz-se perfeita a relação onde nos sentimos seguros para que alguém possa entrar em nosso mundo interno sem nos incomodar e onde também possamos adentrar seu mundo interno. O melhor de tudo é, quando separados, o mundo externo continuar claro e reconhecível.
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Talvez seja só loucura minha.
Não é, eu também acredito nisso.
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O tempo anda bom pra recuperar o que foi perdido, reunir coragem pra levantar e errar mais. Ele tem sido bonzinho: está auxiliando quem quiser ter de volta os sorrisos que foram tomados. Tá na época de sair por aí e fazer algo de bom para si, vai por mim: não é egoísmo.
Nosso par nos livra do enorme vazio de nós mesmo.
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