sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

ai humanidade o que eu faço com você?

As pessoas escolhem o que querem ser. Se lerem bons livros, bons conhecimentos obterão; Se optarem pela ignorância, pequenos serão. O mesmo atesta-se com a qualidade da música que chega aos seus ouvidos durante a vida, digo isso porque acredito que os ouvidos possuem uma ligação íntima com o cérebro: percebe-se isso pela ideia de que é impossível parar de ouvir as coisas por vontade própria. Se quisermos nos privar de um cheiro, controlamos a respiração, e o mesmo acontece quando nos vemos diante de uma visão que possa nos incomodar.

A música, construtora da alma, amacia o cérebro e, se bem tocada e no momento propício, organiza as ideias que temos em mente ou até mesmo põe à tona aquelas ideias, escondidas no inconsciente, que temos e nem sabemos.

Escolho o que ouço e leio, mas por que é tão difícil controlar o que sinto? A racionalidade humana põe em conflito a nossa existência. Há um medo universal e meramente cultural que está ligado às emoções e a incapacidade de pensar. A ideia é a mesma na cabeça de muitos: se nos entregarmos às nossas emoções estaremos abrindo mão de nossa consciência e então, sem pensar em nossos destinos ou qualquer outra coisa, foderemos tudo que nos cerca. Ninguém tem real noção de como isso confunde a minha cabeça. Parece-me tão simples conciliar o amor e a vida que carregamos, para mim duas pessoas podem estar juntas de maneira tão harmoniosa que até mesmo eu duvido, seria mesmo uma coisa palpável? Serei capaz mesmo de encontrar alguém com quem posso ter a harmonia tão desejada?

Espero ansioso pelo dia em que meus medos deixarão de cercar tanto tudo o que eu faço. E então, otimista que não sou, olharei pro sofrimento e dele arrancarei aprendizado.

2 comentários:

  1. Este texto tornou-se um dos meus favoritos. De todos os meus favoritos.
    "Escolho o que ouço e leio, mas por que é tão difícil controlar o que sinto?"
    Com frases tão bem combinadas e tão expressivas-objetivas ao mesmo tempo.
    Gostei bastante.

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  2. A gente escolhe tudo até o coração entrar no meio.
    lindo, lindo texto.

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