quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Crescer

Já perdi a conta de quantas vezes me senti ofendido quando alguém me chamou de infantil. Hoje já nem ligo mais e até mesmo tenho que me esforçar um pouco pra entender o porquê de eu me irritar tanto com isso tempos atrás. Afinal, o que sou além de uma carcaça mortal que abriga uma alma na imortal batalha por um entendimento sequer do que é tudo isso que chamam de vida?

A alma não envelhece, isso explica aquelas tão inexplicáveis paixões que surgem quando o ser humano já está no alto dos seus 70 e tantos. O nosso coração é sempre o mesmo, mas somos obrigados pouco a pouco a nos padronizar: nos tornar chatos, paranoicos, sem graças e assim matamos nossas vontades, nosso espírito de ajuda, nossa confiança, nossa essência.

Se sou infantil, não me adequei, continuo sendo o que sempre fui, pois não me rendi às minhas mágoas e meus traumas. E então, será que eu quero presente maior que esse? Prefiro viver sem saber a hora de parar.

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