sexta-feira, 14 de maio de 2010

Muda.

O que seria de mim sem o meu egocentrismo?
Sempre me achei mais inteligente do que sou, sempre me achei com mais experiência de vida que uma pessoa de 50 anos, sempre achei que a dor no meu coração era maior do que a dos outros. Sempre achei que as pessoas estavam erradas por terem medo, mas por trás de tudo isso, quem tinha medo era eu. Sempre fui inseguro demais para ser feliz. Sempre fui deveras piegas para um ser humano.

A única coisa de que estou seguro é: eu sinto mais do que devia sentir. E por conta disso, crio mentiras nas quais acabo acreditando, por não aceitar que a minha verdade doi terrivelmente no meu coração. Tornou-se imensuravelmente difícil não esbarrar em memórias a cada 5 minutos, e não tropeçar nas fotos e palavras toscas de pessoas em quem um dia julguei acreditar nos laços falsos de amizade. Por livre e espontânea vontade, acorrentei-me em histórias do passado. Histórias que não existem.

Quem sou eu?
Eu sou um garoto de 15 anos que não tem nada além de um quarto, o dinheiro dos pais e meia dúzia de amigos que mal cabem no próprio coração. Sou só um pirralho que chora todas as noites antes de dormir, por medo de se perder no caminho.
Vou deixar o Sol limpar minha alma, secar minhas lágrimas e vou andar por aí, pelo mesmo caminho sinuoso de sempre, mas agora, com os olhos fechados. Vou procurar a linha reta do meu caminho, pois por ora, eu só quero viver em paz.
Me abraça?

4 comentários:

  1. Abraço.

    E digo assim ó: espera, porque isso é só por agora. Eu já tive essa idade e sempre achei que as dores do mundo estavam pesando muito mais sobre minhas costas. Até hoje me sinto assim - ligeiramente mais madura - mas ainda com medo. Mas, às vezes, até parece que passa.

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  2. Metade de mim se sente assim, como você.
    A outra metade só vê indiferença.
    Claro que te abraço.

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  3. *abraçando* =D, muito bom, como sempre.

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