Fumo cigarros. Eles são tão ruins quanto o meu passado, mas fazem parte da minha alma. Odeio-os. Odeio os cigarros, odeio o passado. E isso vem acontecendo desd'os meus catorze quando deixei o saudosismo de lado, quando me decepcionei pela primeira vez. E as decepções demoram a ir embora quando se tem em mãos a própria tristeza, engarrafada. De gole em gole vivo o presente, sem perceber que tudo vira passado. Não há como matá-lo. Só há minha própria morte.
Já escrevi poemas pra pessoas que tornaram-se opacas aos meu olhos depois de tantos olhares falsos e previsíveis. E hoje, ao recitar esses mesmos poemas que ocupam cada centímetro da ponta da minha língua, sinto nojo. Eles se tornaram dissonantes, e a culpa é tua.
Não levanto mais o tom de voz, você cansou de sentir o sangue da minha garganta. Você já me provou.
E eu lembro que tu falavas sobre gritos mudos e ouvidos surdos que nuncas estavam certos no horário para ouvir tuas palavras.
Pois bem, pra ti agora eu deixo o meu silêncio.
E o silêncio, pra onde vai?
Você não obedece
Reza, faz precres, implora pra poder continuar
Mas eu não vou deixar
Não falo mais de amor pra ti. Ele está morto. E se não estiver, eu mesmo matarei.
"Ao teu lado eu tava errado. Eu nunca consegui viver" (Fresno)
Você escreve inacreditávelmente bem.
ResponderExcluirAcredite em mim.
Taí porque adoro esse rapaz, gente.
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