quinta-feira, 22 de julho de 2010

not sokute.

Eu já tinha esquecido como é se sentir assim. O amor me contagia, e é isso que tanto me assola, que tanto me põe pra baixo. Às vezes acho que eu não sou daqui. Às vezes sinto que seria melhor se não amasse; Às vezes sinto que sem o amor eu nada seria.

Sinto falta do vazio, e sinto falta de algo que me complete.

É clichê desesperar-se. Mais clichê ainda é dizer que estou correndo. Estou parado e já estou assim há muito tempo. Então recolho, em cadáveres de suicidas, alguma esperanças para continuar a, sozinho, caminhar. E eu faço isso sorrindo.

Eu não sorrio, eu me mascaro.

E o que é mais usual além de dizer que preciso de alguém (você) aqui? Preciso de alguém (você) para ouvir meus gritos, ler minhas cartas, me olhar nos olhos. Mas minhas cartas, ultimamente, são sem destinatário, e os meus gritos não têm um interlocutor que preste. Ninguém me lê, ninguém me ouve. E não adianta eu abrir os meus olhos, sabendo que o mundo está aí pra me cegar.

Caiu a noite e eu continuo aqui, no escuro do quarto, implorando para que nossa música seja eterna. Mas quão insuportável seria uma música sem fim? Toda canção deseja morrer e isso é a parte mais bela delas. Toda música deseja morrer para dar lugar a outras, para não entediar seu ouvinte.

Por isso que o amor morre tão rápido?
Não quero dar lugar pra mais ninguém além de você.

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