Uma vez eu escrevi uma música sobre corações partidos, sem nunca imaginar que um dia aquilo tudo voltaria para mim. Sem imaginar que um dia eu é que estaria gritando até a garganta sangrar, colecionando feridas em um álbum de figurinhas rasgado.
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Quem faz canções pensando em lágrimas alheias?
Eu é que não faço.
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Eu só penso nas minhas lágrimas que não param de cair desde que tudo isso começou. Lágrimas tão salgadas quanto a água do mar. Às vezes eu gostaria de poder chorar o mar, para que assim, eu pudesse ir pra longe.
Me leva.
Quero o mar só para mim, mas enquanto não encontro me contento em procurar alguém que recolha os cacos do meu coração que foi jogado do quinto andar há muito tempo e desde então permanece no mesmo lugar.
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O Estopim não sou eu. O Estopim são vocês.
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Deu-se início a uma batalha inútil e infantil. A gente sua a alma em busca de uma aparência mais madura e crescida, mas ninguém jamais assumiu a culpa d'isso tudo estar acontecendo. Todos foram mortos, um a um, e isso já faz muito tempo. Os únicos sobreviventes somos nós quatro e talvez já estejamos feridos demais para continuar. E o que nos resta é chorar.
A confusão me feriu e eu já não aguento mais.
Preciso respirar.
Muito bom, cara. Gostei bastante do penúltimo parágrafo.
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