sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Efêmero.

Cansei de contar quantas vezes atirei contra situações inusitadas e atordoantes. Tantas foram a vezes que agora faltam-me balas na metralhadora que, ao contrário do que muitos pensam, não tem mágoas.

Já matei muita gente.

Já senti raiva do passado, não por ter matado tanta gente, mas por querer espalhar amor e, por conta disso, passar a dar o próprio sangue pra pessoas que pessoas, que supostamente eram importantes, poderem colorir seus corações. Se eu não me ferisse, ninguém teria morrido.

Lá fora ta o amor, perfeito pra caralho, mas eu não posso chegar e tomá-lo nos braços. Isso, segundo outros, seria suicídio.
Ninguém enxerga através de mim. Eu sou besteiras escritas num papel e a minha coesão foi tomada, roubada, afastada, levada pra longe e esquecida.

2 comentários:

  1. muito, muito bom, cara.

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  2. puta que pariu velho, perfeito

    "Lá fora ta o amor, perfeito pra caralho, mas eu não posso chegar e tomá-lo nos braços. "

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