terça-feira, 28 de setembro de 2010

Estou dobrando esquinas.

E elas são piores que bifurcações. Nunca sei com o que irei me deparar após cada uma delas, por conta disso não sei se posso acreditar na hipótese de ter encontrado o amor só porque os meus passos estão alinhados com o de uma pessoa. A estrada é cheia de tropeços e eu não reduzo a velocidade para que alguém me acompanhe.

Eu já pensei em esvaziar completamente o meu coração para poder começar tudo de novo com uma nova pessoa. Novos móveis seriam interessantes, mas por medo eu continuo na mesma. No meu peito continua o sofá que construí com o pouco de material que alguns deixaram quando foram embora. E foi nesse sofá que eu tive a conversa com o tal que resolveu me dizer: "O amor não existe mais. Amor é o que minha mãe sentiu pelo meu pai. Eles viveram juntos por 50 anos e há 7 anos ele partiu. Pois bem, há 7 anos que minha mãe não sabe o que é paz".
Eu permaneço aqui e pergunto se um dia terei alguém que me faça perder a paz.

Vou escrever menos.
Vou viver mais.
Isso não é o fim, talvez seja um novo começo.

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