domingo, 9 de janeiro de 2011

Bobagens.

"Em pensar que eu era apenas o menino que sentava no fundo da sala e gostava de televisão..."

Quanto tempo faz? Não me vejo inofensivo, longe disso! É que sou tão disperso dessa tal "humanidade".

Calça apertada, toca na cabeça, magrelo e com um tom de cansaço! Você se importa se eu não me importar? Diferente da maioria dos meninos da minha idade, diferente da maioria dos meninos de todas as idades! Negativo e realista, nunca vi a vida como um jogo de quem é pior para sobrevive; estou longe de imaginar uma vida feliz...

Sempre fui sonhador, quando criança, sempre imaginei voar ao sentar em um balanço, achava tão divertido ter apenas 3 amigos para brincar, não importava a multidão ao redor, não importava a ignorância ao redor!
Sempre soube que não iria ter meu pai, mesmo sabendo que foi uma opção dele, eu queria poder te-lo. Egoísmo o meu, quantas decisões terei que tomar sem poder perguntar a todos se são certas? Mesmo assim, eu queria te-lo...
Por um tempo pensei que ele não quis a mim e meu irmão, e por outros, apenas acreditei que ele não valeu a moeda de ouro que pagaram pela sua vida!

Cresci, e como eu cresci, tão breve era aquele menino que jogava bola na rua e ria de besteiras faladas por brincadeira!
Quantos planos tracei naquele tempo, quantos planos eu ainda tenho daquele tempo...
Falei com tantos, que hoje nem são tantos os que eram, xinguei aos montes para mudar e vi aos poucos mudarem. Realidade a minha, realidade a sua, seres humanos os nossos seres humanos os vossos...

Santa arrogância a minha não lembrar dos bons momentos!
Momentos aqueles de dividir o copo de refrigerante em festas, de furta entradas em salões e roubar corações, quantas coisa falamos, quantas coisas escutamos, quantas bandas e quantas bebidas, me sinto um velho ao lembrar!

Sempre tão antiquado eu fui, acreditei severamente no amor; assim como acredito e sou movido por ele até hoje...
Por qual motivo não casar? Pensava eu desolado em solidão na madrugada.
Por qual motivo não acreditar em um romance verdadeiro? Eu questionava!
Nunca tive resposta sinceras o bastante para essas duas questões até hoje...

Sempre levei o sério além da palavra, levei o verdadeiro além do sentido, levei o sentimento além da minha razão! Acredito que um homem não pode fazer seu coração bater apenas com a mente, não de um modo onde mesmo seu dedão do pé até seu último fio de cabelo, sinta aqueles batimentos!

Talvez seja eu o errado por pensar assim, ou até mesmo acreditar que existe sim, pessoas que se entende pelo olhar, que brigam por besteiras e se amam por bobagens, que verdade não é o resumo de um dia e sim o resumo de uma história, que belo é apenas o sorriso de um casal apaixonado e não seu "composto!"

E de tantas questões me tornei o que hoje sou, me tornei o que eu questiono, me tornei o que eu questionava, abreviei textos, escrevi cartas, fiz linguagens diferentes, apenas com o intuito de ser incompreendido!
Não sou o normal, assim como sou o igual, não sou o diferente, assim como sou o incoerente!

Amo pessoas por tal forma de acreditar na vida! Amo pessoas por tal forma de tentar o inatingível! Acreditem no que parece ser impossível e o transformem no inacreditável!

Assim eu sou e assim serei eternamente, uma criança que acredita ser um adulto, ou até mesmo um adulto que acredita ser uma criança...

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