quarta-feira, 11 de maio de 2011

Verdades.

Hoje me sinto sozinho.

Encarei o papel por quase 20 minutos pensando em alguma história pra contar. Não me veio nada à cabeça. Recorri, então, ao clichê: "Escreva de acordo com o que você sente e por meio dessa catarse você atingirá a verdade". Nunca entendi como se faz pra descobrir a verdade a partir disso, mas assim fiz. Escrevi o sentimento que me aflige.

2011 tem me acrescentado muito mas me tirado tanto...
As coisas andam acontecendo em ritmo acelerado demais, anos parecem estar se passando em minutos e... resultado: dissipou-se o meu furor juvenil.

SOLIDÃO. Só a ouve quem quiser. E, mesmo longe, ouço. É incontrolável essa necessidade de estar sozinho quando as coisas parecem ir errado. Na verdade, sinto-me altruísta ao me afastar dos outros quando o pior estar por vir.

AMIGOS nunca mais vi. Parecem idos os tempos de companheirismo. E a culpa não é de ninguém.

FAMÍLIA cada vez mais eu vejo. Parecem idos os tempos de desentendimentos e portas batidas com força. Tornou-se amizade maior que tudo e agora é difícil pensar em deixá-los.

PSICÓLOGO cada vez mais preciso ver. Parecem idos os tempos onde eu tampava os ouvidos para os problemas e pensava ter serenidade.

AMOR cada vez entendo mais. Parecem idos os tempos onde inexistia satisfação pra mim. Sei que erro e quando as coisas estão indo mal, já não penso mais pelo pior, pois sei que todas as merdas que faço (e eu faço merda pra caralho) sempre vão resultar em algo igualmente ruim pra caralho. Contudo, o importante é pensar que esse 'ruim pra caralho' vai me acrescentar algo novo. Descobri que o amor não precisa acabar se há um erro contra centenas de acertos.

MORENA cada vez aumenta mais. Não são tempos idos que me vêem a cabeça por agora, mas sim o que acontece no momento. Hoje sinto-me bem, crescido, mais maudro; já não fico mais feliz ao pensar em ter alguém pra sentir minha falta caso eu parta dessa pra uma melhor. A felicidade vem ao saber que, apesar das desavenças, tenho alguém pra estar comigo até o último momento (no caso, 'último momento' também tem sentido de 'até onde durar'), dizendo palavras bobas como: "Vai ficar tudo bem".
Isso tudo é tão novo, tão fácil, tão simples e complicado ao mesmo tempo. É tão além de algo platônico (platônico no sentido real e não no uso pejorativo que quase todos conhecem).

Tento deixar a frieza de lado. Não preciso calcular nada pra estar bem com o amor. Às vezes, vale a pena ser inconsequente. Se não fôssemos, estaríamos nos limitando. Aliás, me pondera até onde a insanidade já levou a humanidade. Sempre além. Muito além do Ser.

Esses seriam meus dogmas (pelo menos por enquanto), caso a verdade pudesse mesmo ser incontestável.

Um comentário:

  1. Pensei num comentário, pois gostei do que escreveu, mas na hora de escrever, não sabia o que. Só não queria ficar "ótimo texto."
    Então eu digo "Visar a vida e encontrar todos os pontos: algo certo a se fazer, pela própria organização."

    ResponderExcluir