quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Me engana que eu gosto.

Algumas coisas tornam o mundo num lugar engraçado. Hostil, terrível e aterrorizante. Porém, apesar disso tudo, no fim ele é mesmo engraçado. Engraçado porque pessoas vivem, vivem, vivem, ultrapassam obstáculos e isso tudo resulta numa única coisa: aprender a viver melhor.

Segue nesse pensamento uma espécie de seleção natural darwiniana. Por exemplo, a nossa coleção de experiências (também chamada de vida), serve unicamente como forma de proteção natural à prole. É racional (ou até mesmo instintivo): não queremos que nossos filhos cometam os erros que cometemos. Como disse o Rubem Alves: No fim da nossa vida, nosso porto de chegada acaba por ser o porto de embarque de uma nova geração.

Mas o que seria do nosso mundo sem as falhas, os medos e a ansiedade? Ele é movido à inquietude humana e acredito que sem ela, o comodismo seria tamanho que não haveria progresso.

Hoje escrevo isso porque a visão que tenho do mundo ampliou-se de tal forma que sofro e sofro muito. Não sei se evoluí ou regredi mas hoje eu sonho com a ignorância e alienação que juntas são capazes de me manter aquecido, protegido e feliz. Prefiro não ver a verdade.

Um comentário:

  1. O J. Lennon tem uma frase que se encaixa bastante: "A ignorância é uma espécie de bênção. Se você não sabe, não existe dor".

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