quinta-feira, 8 de abril de 2010

A.

É num momento como esse que paro para pensar no que eu sou.
Na verdade, eu estou sempre me perguntando: O que diabos eu sou?
O que ser?
O que querer?
É impossível responder.
Sou adolescente, sou normal, sou comum.
Todo adolescente é assim, uma metamorfose ambulante.
Hoje te amo, amanhã te odiarei.
Mas de duas coisas estou certo:
Um, seu lugar é comigo.
Dois, não há dimensão que possa medir o tamanho da dor que sinto no peito por jamais ter te contado tudo.
Todos os dias; meço palavras, meço sentimentos.
Mas palavras não são sempre o que o dicionário diz.
Sentimentos nem sempre são realmente aquilo que o coração nos diz.
Não adianta medir as coisas quando o assunto é você.
Você já não está mais aqui. Você é apenas um sonho.
Sonhos podem parecer verdade, mas tenho que acordar.
Tenho que voltar a viver.
Você não está aqui, eu não estou aí.
Eu te quero aqui, você não me quer aí.


"E o que fazer quando mãos amigas se transformam em punhais?" (Lucas Silveira)

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