domingo, 11 de abril de 2010

M.

Você passava o tempo tocando piano.
E eu gritava.
Inutilmente gritava.
De que adianta minha voz ficar em primeiro plano se a melodia do piano é mais interessante?
Perdi a direção.
Tive que gritar, chorar, me drogar,
fui pra rua, enfrentei a minha própria fraqueza.
Você nunca se importou e agora faz música.
Quando a tua música tocar no rádio, eu estarei aqui, brindando. Brindando a tua solidão.
Brindando também a tua fama.
Fama que tu ganhaste a meu custo.
A custo de pesadelos que eu vivo.
As notas continuam ecoando, mas agora é diferente.
O piano agora está desafinado,
E o meu único grito é apenas um sussuro.

2 comentários:

  1. gritar...às vezes a gente precisa mesmo, né?
    e quanto a essa daí, da música.. liga não :)
    kkkkkkkk lá vou eu dar conselhos pros teus poemas kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    tá muito bom esse, viu? nada de ruim. tudo o que vem do fundo da gente é bonito e é bom. é um meio de se expressar, é libertador! você tem muita coragem de mostrar o seu modo de se libertar, nem todo mundo consegue expor isso.

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  2. Cara, como pode?!
    Arthur, isso tá um lixo?
    NEM SE ATREVA A OLHAR MEU BLOG! *psicopata mode on*

    Tá 'AMAZING' !!

    XoxO, Thy

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