sexta-feira, 18 de junho de 2010

Heartache.

Sentei nas pedras, na beira da praia. As ondas batiam e molhavam a barra da minha calça. Dessa vez eu não tenho medo, estou cansado desse mar aberto de ilusões, não posso ter medo de molhar a barra da calça por medo de que a água tome conta de mim.

O mar estava relativamente calmo, apesar das ondas. Pude ver, num relance, o reflexo do meu rosto. Os olhos estavam sem vida e as olheiras acumulavam horas de sono mal dormidas devido a tudo isso que me circunda de um tempo pra cá. Tentei sorrir, mas falhei. Meu sorriso foi tomado de mim há muito tempo e meu coração já está partido demais para se importar com um fator tão pequeno quanto esse.

Uma onda atingiu-me e levou-me com ela, afogando-me em minhas próprias lágrimas e convicções. Tenho muitas convicções, mas tudo que pude fazer naquele momento foi implorar para que as águas do mar lavassem minha alma e tomassem conta das minhas mágoas.

Paro, penso e a conclusão: nula.

Eu estou aqui e continuo agindo certo, mesmo que sem querer. O tempo é que está errado, me fazendo, por momentos, sentir minha própria pulsação. Meu coração está dolorido demais para pensar em qualquer coisa para dizer. O que pude foi:
- Estou aqui para encorajar seus sorrisos. E espero que você não chore.

Um comentário:

  1. Gostei.
    E só porque 'teus textos não são mais como antigamente', não precisa parar de escrever. Acho que enlouquecemos mais quando deixamos tudo dentro de nós. Por mais que não expresse realmente o que você sente, pelo menos alivia um pouco. É assim pra mim, pelo menos. :)

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