sexta-feira, 4 de junho de 2010

Segundos...

Já era quase 3:30 da manhã quando eu acordei com um leve som de choro. Mesmo sabendo de tudo que ocorria nessa semana eu temi levantar para saber os motivos...
Ao decorrer de 2 minutos o choro ficou mais forte, e logo entrou pelo meu quarto... Era minha mãe, totalmente sem controle e ao mesmo tempo sem chão, procurava à mim um momento de desencanto... E como sem nenhum modo de pensar veio a noticia com choro e uma tristeza sem tamanho:

-Fernando! Minha mãe, minha mãe, papai do céu à levou Fernando. Gritava ela ao me abraçar!

Eu sem muitas palavras só pude chorar e dizer para ela se acalmar, mesmo sabendo que de nada ajudaria.

Logo depois de alguns minutos e ela em seu quarto, tomei a questionar eu mesmo, qual seria o motivo de uma tristeza tão grande, apesar de saber que tudo estava errado e que não seria o momento para querer questionar nada.

Como por um segundo eu tentei ser verdadeiro e mesmo não acreditando, rezei, pedindo por um momento que minha avó, chegasse em paz onde seu espírito fosse.
Me encontrei meio distraído com aquele momento que não servia de aprendizado mais sim de um legado familiar, pense como quiser sobre isso.
Já beirava 4:40 quando olhei o relógio novamente, como eu não percebi o tempo passar tanto?
Levantei, fui beber água, ainda com o choro de minha mãe que tornavas-se a minha maior fraqueza.
Tudo até ali tinha sido tão forte, que ainda tento medir minhas palavras ao descrever...
No fim ainda estava na minha cama, sentado com a mão na testa, tentando pensar um pouco, e tentando ver o que faria depois dali.
Quando derrepente, com um tom divino e ignorante, meu pai falou:

- Fernando... Durma, isso logo vai acabar.

Só agora entendo o que aquelas palavras significaram...

No momento pensei em falar que não estava com sono, mesmo sabendo que estava, e que ainda não tinha dormido o necessário, já que eu tinha ficado acordado até as 2h escrevendo músicas.
Enfim, optei por dormir...
Deitei e pensei por mais uns 20 minutos sobre tudo aquilo, até que meu sono e toda a melancolia da madrugada me fez adormecer.

Em todo os possíveis atos da vida, a morte é eminente... Não queria ser um pensador, nem um questionador dela, mas me torno sempre, depois de tantos lamentos creio eu que estou certo, mesmo sendo um pouco triste e melancólico.
Os erros ainda estão por dentro de todos e isso nunca ira mudar, podemos concertar alguns, mas não espere que todos sejam concertados, a alma ainda é uma coisa delicada assim como todos os sentimento que nos ligam.
Deixo meu lamento por todas as pessoas que perderam entes queridos, e peço que vocês não deixem isso passar, chorem se tiver que chorar, gritem se tiverem que gritar, isso nunca será uma vergonha, morre não é uma vergonha e sim uma certeza!

Em memoria de Oscarlina Cavalcante, minha eterna avó.
Eu te amo.

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