Desperto ouvindo uma voz doce e calma. Tão calma quanto o mar, batendo de leve nas pedras, pela manhã.
Voz boa, parece à toa
Corrida, cantada, sentida
animada, agitada, quase engasgada
Entre versos, descompassada
Folgaz parece voraz.
A voz da menina do sonho era tão perfeitamente enganjada que parecia ter sido premeditada a me engolir.
A moça do sonho existe, mas eu prefiro da minha forma. Bela e imaginária. Cada toque, cada palavra proferida, cada beijo, cada abraço, tudo. Tudo. Tudo é imaginário.
O imaginário me pertence
E quem sabe, sente
quem sabe, conhece
Sempre que anoitece
há um novo amor nos esperando
Eu faço versos de amor, e eles também são imaginários. Não tenho coragem suficiente para recita-los a quem remetem. Ilusórios.
Do primeiro ao último
Da semente ao fruto
Procuro
Às vezes no escuro
O escuro não custa a passar. Dizem que é passageiro.
Corriqueiro
Passa sem ninguém perceber
vai pra longe
Muito além do que se vê.
Cadê tu, minha moça dos sonhos?
Só falta você.
Uau, perfeito, vc usando verso e prosa juntos ficou d+. Parabens
ResponderExcluirFicou muuito legal, que fofo rs Amo seus posts *-*
ResponderExcluirVocê transparece tudo que sente nas palavras, Arthur. E o que você sente é lindo.
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