quarta-feira, 21 de julho de 2010

Prosa&Verso.

Desperto ouvindo uma voz doce e calma. Tão calma quanto o mar, batendo de leve nas pedras, pela manhã.

Voz boa, parece à toa
Corrida, cantada, sentida
animada, agitada, quase engasgada
Entre versos, descompassada

Folgaz parece voraz.

A voz da menina do sonho era tão perfeitamente enganjada que parecia ter sido premeditada a me engolir.
A moça do sonho existe, mas eu prefiro da minha forma. Bela e imaginária. Cada toque, cada palavra proferida, cada beijo, cada abraço, tudo. Tudo. Tudo é imaginário.

O imaginário me pertence
E quem sabe, sente
quem sabe, conhece
Sempre que anoitece
há um novo amor nos esperando

Eu faço versos de amor, e eles também são imaginários. Não tenho coragem suficiente para recita-los a quem remetem. Ilusórios.

Do primeiro ao último
Da semente ao fruto
Procuro
Às vezes no escuro

O escuro não custa a passar. Dizem que é passageiro.

Corriqueiro
Passa sem ninguém perceber
vai pra longe
Muito além do que se vê.

Cadê tu, minha moça dos sonhos?
Só falta você.

3 comentários:

  1. Uau, perfeito, vc usando verso e prosa juntos ficou d+. Parabens

    ResponderExcluir
  2. Ficou muuito legal, que fofo rs Amo seus posts *-*

    ResponderExcluir
  3. Você transparece tudo que sente nas palavras, Arthur. E o que você sente é lindo.

    ResponderExcluir