segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Lucky.

Nós dois, frente a frente, sem saber o que dizer. Eu permaneço, parado, balbuciando o que eu desejo que se tornem palavras capazes de te afetar, mas tudo que eu consigo falar é: "Como vão as coisas?". As palavras reais saltam do meu estômago e com esforço conseguem rasgar a minha garganta, mas os meu dentes as mordem, mastigam e as digerem novamente. Sempre tive problemas quanto a comer coisas não-comestíveis. Se já passei dias num leito de hospital por querer saber o gosto que tinha a moeda de um real, como eu me sentiria se agisse errado na hora de degustar de algo com valor maior?

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Você vale mais que uma moeda.
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Por vezes sinto que já perdi tempo demais e tudo que quero é poder ter-te nos braços e poder voltar a sorrir, mas ao mesmo tempo sinto a tua presença se esvaindo; Distante, como cidades europeias que eu desejo visitar.
Eu quero teu cartão de visitas, guria, e não vou parar até consegui-lo. Por isso viajo pelas localidades mais próximas, procurando resquícios seus que possam me fazer voltar a sorrir, nem que seja pelos poucos segundos desajeitados que temos, quando algo ou alguém não se faz presente para atrapalhar.
A sua geografia me enlouquece.

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Não preciso de Geografia.
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Pra conhecer a cidade de Amsterdã,
passei por Londres e Paris.
Hoje Rio em toda manhã
Não me importa o país.
Eu corro sempre pra te ver
certo de que viajaria mil anos-luz por você.

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